Motoristas reclamam de más condições de trecho da BR-153, que deve ser leiloado novamente

Concessionária de Rodovias Galvão perdeu administração de 624 km da via por ‘inexecução contratual’.

 Motoristas e caminhoneiros reclamam das más condições do trecho da BR-153 entre Anápolis, a 55 km de Goiânia, e Aliança do Tocantins (TO). Eles relatam que via é cheia de buracos e têm medo de trafegar por ela. O intervalo de 624 km era administrado pela Concessionária de Rodovias Galvão, mas a empresa teve o contrato cancelado por “inexecução contratual”. Segundo o ministro dos transportes, Maurício Quintella, trecho deve ser leiloado novamente.

Conforme apurou a TV Anhanguera, o trecho é de pista simples, tem pontes sem proteção nas laterais e vários buracos ao longo da via. O caminhoneiro Wagner Bonfim Loves afirmou que sempre que pega a estrada para fazer transporte de alguma carga tem medo de precisar passar por alguma parta do trecho. Ele conta que não se sente seguro.

“A gente sai sem ter certeza de que vai voltar. É muito perigoso, é uma rodovia muito perigosa”, alertou.

Outros caminhoneiros pontuaram que é preciso dirigir bem devagar na pista, porque a má qualidade da rodovia prejudica os pneus e as rodas dos veículos. Um motorista que já passou várias vezes pela região destaca que não via investimentos sendo feitos no trecho, apenas um serviço de tapa buracos.

“Tem que melhorar, tem que ver se arrumam outra concessão para assumir isso. Do jeito que está não tem condições, desabafou o caminhoneiro Eldemar Rodrigues.

Fim do contrato

A perda da concessão foi proposta em junho pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Um decreto assinado pelo presidente Michel Temer e por Quintella confirmou a chamada “caducidade” do contrato.

A decisão que determina o fim do contrato aponta que a ANTT identificou problemas graves na rodovia, como erosões, buracos e até falta de sinalização, expondo os motoristas a grandes riscos. Conforme apurou a TV Anhanguera, cerca de 25% dos acidentes registrados nas rodovias federais em Goiás ocorrem neste trecho da BR-153.

O trecho da BR-153 entre Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins (TO) foi leiloado m arrematado pelo Grupo Galvão em maio de 2014. À época, a ANTT informou que o concessionário investiria cerca de R$ 4,31 bilhões na rodovia durante os 30 anos de duração do contrato.

O Grupo Galvão, dono da construtora Galvão Engenharia, teve dificuldades para viabilizar as obras previstas. Alvo da Operação Lava Jato por suspeita de fazer parte do cartel de empreiteiras, a Galvão Engenharia entrou em processo de recuperação judicial.

Em razão das investigações e da recuperação judicial, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não liberou o financiamento de R$ 700 milhões para que a empreiteira concluísse os investimentos na BR-153.

G1 não conseguiu localizar os responsáveis pela empresa para comentar o caso. No entanto, em junho passado, a concessionária de rodovias Galvão afirmou à TV Globo que, sem o financiamento, fez somente os serviços básicos de manutenção na rodovia.

Fonte: G1

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