Mercedes-Benz quer manter exportação mesmo quando mercado interno crescer

A montadora alemã Mercedes-Benz, cuja produção no Brasil é focada no segmento de caminhões, pretende manter nos próximos anos uma estratégia voltada para exportação, mesmo que o mercado interno volte a crescer. Essa é uma lição aprendida durante o início de crise, período no qual a falta de uma estratégia dificultou o escoamento para o exterior da produção que não encontrava demanda no Brasil.

Em 2016, mesmo sem um plano claro para o mercado externo, as exportações de caminhões da empresa cresceram 37% em relação a 2015, para 6,3 mil unidades. “Nós recuamos nas exportações quando o mercado interno estava em alta (o auge do segmento foi em 2011, com a venda de 172,8 mil unidades), e agora estamos retomando, mas foi mais trabalhoso do que para quem tinha uma estratégia de exportação”, disse o vice-presidente de Vendas e Marketing para Caminhões e Ônibus, Roberto Leoncini.

“Mas quando você comete um pequeno deslize, você aprende com esse deslize”, acrescentou o executivo, que espera um novo crescimento nas vendas para o exterior em 2017. “Em 2016, nós tateamos o mercado externo, agora temos os caminhos”, afirmou. Ele, que evitou cravar um número, disse que o tamanho do avanço depende de questões conjunturais como o preço do petróleo e a política comercial do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Segundo ele, a política de Trump ainda é uma indefinição e por isso não se sabe qual será o efeito sobre o Brasil, mas admite que o impacto pode até ser positivo, caso os EUA cortem relações com países que possam se tornar oportunidades para as montadoras instaladas no Brasil. O modelo mais exportado pela Mercedes-Benz é o Accelo, um caminhão leve que, na avaliação de Leoncini, tem potencial para ser exportado para países do Oriente Médio e da África.

No mercado interno, as vendas de caminhões da Mercedes-Benz caíram 22,7% em 2016, para 15.133 unidades, segundo dados da Fenabrave. Apesar disso, a empresa retomou a liderança do segmento, que até então pertencia ao grupo Volkswagen (que soma as vendas de caminhões da Volkswagen e da MAN Latin America). Com a queda nas vendas no Brasil, a participação das exportações no total de unidades vendidas pela montadora saltou de 19% em 2015 para 29% em 2016.

Fonte: Estadão Conteúdo

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