[VÍDEO] A opinião do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Carga do Espírito Santo

Chico da Boleia conversou com Liemar José Pretti, Presidente da Transcares, Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas & Logística no Estado do Espírito Santo. Na ocasião, Pretti falou sobre a situação econômica do transporta rodoviária de cargas no estado e o embate entre os cegonheiros autônomos e a empresa Transilva no caso do transporte dos veículos Kia. Confira a opinião do representante da entidade.

Chico da Boleia: Liemar, conta pra gente como é ser transportador de cargas no estado do Espírito Santo.

Liemar Pretti: Olha, Chico, ser transportador de cargas no Espírito Santo não é diferente de nenhuma região do país. Nós temos todas as mazelas e todos os problemas que o transportador tem e que se refere à logística, infraestrutura, distribuição, etc. Mas o ES tem uma coisa que facilita muito, a posição logística. O nosso porto abrigado trabalha com a distribuição, atacado, então o ES, hoje, tem alguns pontos que podem ajudar muito o transportador.

Chico da Boleia: Neste ano de 2016, tivemos uma crise razoável. Como as empresas daqui se comportaram e tem sobrevivido a esse período?

Liemar Pretti: Nós tínhamos até o meio do ano, praticamente 3 mil carros parados com quase 7 mil pessoas desempregadas. Mas o transportador brasileiro é um lutador, ele tem que fazer do limão uma limonada , mesmo que você não tenho o limão completo. O que o pessoal fez foi colocar as empresas conforme o mercado. O que a gente não aconselha é que as empresas diminuam suas receitas, porque aqueles que não estão preparados irão fechar. O Transcares fechou o ano de 2015 com 178 associados e está terminando o ano de 2016 com 136 associados. É uma perda bastante significativa. Isso mostra o que está acontecendo com o nosso mercado.

Chico da Boleia: Quantas empresas têm registradas atualmente no estado?

Liemar Pretti: Hoje temos registradas, aproximadamente, 3 mil empresas, cuja maioria é de pequenas e micro empresas (60%). Nós consideramos que empresas deste tamanho chegam a 20, 30 carros.

Chico da Boleia: Você disse que tem registradas 136 empresas num universo de mais de 3 mil em todo o estado. O que explica essa baixa adesão das empresas em relação ao sindicato?

Liemar Pretti: As empresas acham que os sindicatos, o associativismo, não são pra elas. E acabam permitindo, com isso, que o estado mande no estado dele. Eles olham para os sindicatos, federações, associações, sejam elas patronais ou de autônomos, de forma não favorável, o que é um equívoco. Aqui a “união faz a força”. Isso pode promover melhores condições de trabalho, melhores condições para o pessoal e treinamento para alavancar o transporte. É preciso que os transportadores brasileiros olhem para os sindicatos como uma continuidade de seus negócios.

Chico da Boleia: Pegando um extrato do que é o transporte aqui no estado, o que se transporta mais em termos de cargas?

Liemar Pretti: Aqui temos portos muito bons, tanto que a maior parte dos veículos do país chega por aqui, bem como os medicamentos e produtos farmacêuticos. Também temos um bom fluxo de produtos de confecção, mas podemos dizer que por aqui passa de tudo: peças, atacado, informática, entre outros.

Chico da Boleia: Presidente, e como vocês, enquanto sindicato das empresas, tem visto o problema entre os cegonheiros autônomos e o transporte de veículos da montadora sul-coreana que entram no porto daqui?

Liemar Pretti: Bom, Chico, com relação a esse conflito, ninguém veio até o Transcares para uma conversa, nós não fomos convidados para entrar nessa situação. Quando soubemos da situação, tentamos ajudar e contribuir dentro daquilo que era possível e até, reduzir esse conflito. A empresa que está hoje com esse contrato é inclusive do nosso vice-presidente, ou seja, um dos nossos diretores. O Transcares, dentro daquilo que pode, e dentro daquilo que o estado nos convidou, tentou participar contribuindo com a questão da segurança. A preocupação maior do sindicato é que a ordem pública fosse preservada, que a integridade das pessoas fosse preservada e que isso gerasse um entendimento entre as partes. Volto a repetir que o Transcares em nenhum momento foi convidado para discutir, participar ou para estar junto à essa questão. Em primeiro lugar porque a gente não representa a categoria dos cegonheiros, então a única coisa que a gente fez foi aceitar um convite do estado. Mas o Transcares participou se colocando junto com a segurança, para que se tivesse o melhor desfecho sem prejuízos.

Chico da Boleia: Em linhas gerais, seria justo dizer que o Transcares acompanhou à distancia, mesmo porque as partes não tenham convidado para a realização de nenhuma intervenção?

Liemar Pretti: Isso mesmo! O Transcares se colocou à disposição e está à disposição. Nós geralmente já participamos de muitas coisas que não faz parte do nosso dia a dia, mas se for pra contribuir e ajudar, o Transcares está sempre aí pra isso!

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