Motoristas relatam a rotina de medo nas estradas do Rio
Roubo a caminhões aumentou 25% neste ano
Entregando cargas há nove anos, ele atribui à sua crença evangélica o pedido inusitado que fez à funcionária da sala de monitoramento, em 31 de julho, no início do seu turno noturno. “Fica de olho em mim no painel, por favor? Estou com um pressentimento ruim”. Uma hora depois, o telão que rastreia em tempo real 250 veículos, emitiu o alerta que um caminhão havia saído da rota. A intuição do motorista não falhara: ele tinha sido rendido por criminosos da Cidade Alta. “Ser motorista de carga no Rio está tão perigoso quanto ser policial. Você não sabe se volta pra casa”, desabafou.
Com medo de represálias de assaltantes, de forma anônima, motoristas de cargas conversaram com o DIA a respeito dos assaltos, sequestros e da rotina de medo que enfrenta