Mercado de caminhões avança para novo patamar

Vendas de maio superaram 9 mil unidades, o melhor desempenho mensal dos últimos seis anos

No mês passado, a indústria de caminhões entregou ao setor transportador rodoviário de carga mais de 9,1 mil unidades, um avanço de 62,2% na comparação com maio de 2018, quando os licenciamentos somaram 5,6 mil veículos do segmento.

Além de reforçar mais uma vez a trajetória de recuperação do mercado, o desempenho das vendas em maio saltou para um patamar superior em relação ao que até então vinha apresentando, entre 7,5 mil e 8,5 mil unidades.

“Foi o melhor resultado desde 2014 e mostra um ritmo mais aquecido nos outros segmentos do mercado, não só no da faixa de pesados”, observou Luiz Carlos de Moraes, presidente da Anfavea, durante divulgação dos números do setor automotivo na quinta-feira, 6 de junho.

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, as vendas alcançaram 39,1 mil caminhões, em alta de 48,5% sobre o volume apurado no mesmo período do ano passado, de 26,3 mil unidades.

Do resultado apresentado até maio, a categoria de pesados continua como o carro-chefe das vendas. No acumulado do ano, o mercado absorveu 19,9 mil unidades do segmento, o que representou um crescimento de 71% em relação há um ano e participação de 51% nas vendas internas totais.

O forte desempenho dos pesados levanta a hipótese de que o grande embarcador de carga estaria optando por ter frota própria como medida de proteção contra o efeito da Tabela Mínima de Frete sobre o negócio. Para Moraes, no entanto, a teoria conta meia-verdade.

“Existe sim no setor de transporte quem queira depender menos de terceiros, mas ainda é irrelevante no resultado”, garante Moraes. “Mesmo porque uma decisão dessa traz outras consequências, relacionadas à gestão de frota, que a empresa precisa estar preparada, como contratar motoristas, cuidar da manutenção e adquirir implementos.”

No chão de fábrica, o ritmo segue a demanda do mercado interno. Em maio, a indústria produziu 11,2 mil caminhões, altas de 19,3% sobre abril (9,4 mil unidades) e de 51,3% em relação ao mesmo mês de 2018, quando produziu 7,4 mil veículos. Cabe lembrar, porém, que a acentuada alta na produção tem influência da greve de caminhoneiros do ano passado, período que afetou as atividades produtivas.

De janeiro a maio, a produção de caminhões acumula 45,4 mil unidades, volume 10,9% superior ao verificado um ano antes, de 41 mil veículos.

O ritmo da atividade nas fábricas certamente não foi maior em virtude das exportações. Com a crise na Argentina, o maior comprador de veículos do Brasil, as remessas caíram 58,3% no acumulado até maio, de 11,9 mil unidades exportadas nos cinco primeiros meses do ano passado para 4,9 mil caminhões.

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