Greve nacional do setor de transporte rodoviário tem apoio de nova entidade

Como a plataforma Chico da Boleia já havia divulgado no início do mês, o CNTRC divulgou por meio de nota que, caso o diálogo com o Governo Federal falhasse, o protesto seria levado adiante. (Foto: ilustrativa)

Greve nacional do setor de transporte rodoviário tem apoio de nova entidade

Lideranças da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) se unem o CNTRC para garantir os direitos dos trabalhadores

Durante uma live realizada na última terça-feira (26), representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) anunciaram seu apoio a greve nacional, prevista para o dia 1º de fevereiro, cuja mobilização inicial tem sido realizada pelo Conselho Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas.

Como a plataforma Chico da Boleia já havia divulgado no início do mês, o CNTRC divulgou por meio de nota que, caso o diálogo com o Governo Federal falhasse, o protesto seria levado adiante. Na ocasião, a assessoria de imprensa do Conselho informou que a decisão pela paralisação foi motivada devido a crescente demanda “dos transportadores e das entidades que os agremiam, contra o retrocesso pela retirada de direitos e garantias”.

Algumas das pautas defendidas pela entidade são: piso mínimo de frete do transportador autônomo rodoviário de cargas; PL BR do Mar; PPI – Política de Preço de Paridade de Importação – aplicada pela Petrobras ao consumidor nacional; contratação direta do transportador autônomo rodoviário de cargas; maior atuação da ANTT com relação as fiscalizações; marco regulatório do transporte; dentre outras.

Segundo o porta-voz da CNTTL, o caminhoneiro autônomo, Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente do Sinditac (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga) de Ijuí-RS, e vice-presidente da CGTB, “a categoria não suporta mais tanta exploração e a insensibilidade do Governo Bolsonaro e do Supremo Tribunal Federal (STF) referente à agenda de reivindicações que está parada há três anos (2018 a 2021)”.

Ainda de acordo com a entidade, as lideranças estão orientando todos os 800 mil motoristas autônomos e celetistas da sua base a aderirem ao movimento.

Entidades se manifestam contra a paralisação

Nos últimos dias, diferentes entidades ligadas ao setor de TRC se manifestaram contra a greve nacional. Em nota, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) afirmou que não apoia nenhum tipo de paralisação de caminhoneiros e reafirma o compromisso de segmento transportador com a sociedade. “Se houver algum movimento dessa natureza, as transportadoras garantem o abastecimento do país, desde que seja garantida a segurança nas rodovias”.

Já Confederação Nacional dos Caminhoneiros e Transportadores Autônomos de Bens e Cargas (Conftac) divulgou um comunicado no qual destacou que, após reunião com sindicatos filiados, federações e a diretoria da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), ficou decidido que não participaria da paralisação.

A Conftac afirmou que diante do momento atual, não seria oportuno a realização de tal manifestação “visto os danos irreparáveis que podem ser gerados para a sociedade brasileira”.

A entidade ainda ressaltou não reconhecer o CNTRC como instituição representativa dos trabalhadores do setor.

Já a Associação dos Transportadores de Cargas do Mato Grosso (ATC) informou que também não apoiará a greve nacional, neste momento. Apesar de saber das dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores do segmento, a entidade destacou que seria “irresponsável convocar uma paralisação em meio a maior pandemia da nossa história”.

Em nota técnica, a Associação do Transporte Rodoviário de Cargas do Brasil (ATR BRASIL) “torna público que, neste momento, entende que a manifestação não é oportuna e não tem nenhuma participação de apoiar e ou incentivar em razão da crise de saúde pública, que continua fora de controle, exigindo engajamento de todos os setores da economia para o enfrentamento da pandemia”.

A entidade conclui explicando que sempre esteve e continuará ao lado de seus associados, de forma combativa e aderindo a movimentos legítimos, mas deflagrados sem arranhar a imagem do próprio transportador diante da sociedade.

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