Exército interdita BR-163 para eliminar trechos com atoleiros no Pará

Soldados do Exército interditaram a passagem de veículos no trecho de pelo menos 50 quilômetros de atoleiros da rodovia federal entre o Distrito de Caracol e o município de Itaituba, no Pará. A medida foi necessária para que eles consigam realizar uma manutenção paliativa da via colocando cascalho. Além disso, estão mantendo a segurança do local e entregando alguns mantimentos aos motoristas dos caminhões, carretas, ônibus e outros veículos que estão parados há mais de 20 dias. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado do Mato Grosso (Sindicam), Roberto Pessoa Costa, ao Só Notícias, esta manhã.

“Estamos propondo aos motoristas uma ação coletiva de indenização dos prejuízos causados devido ao abandono por parte do governo federal aos motoristas. São centenas de carretas paradas ali e prejuízos enormes. Aquele trecho está abandonado pelo governo há muitos anos. Não existe uma manutenção e não tem condições de trafegar caminhões”.

De acordo com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, ficou definido, em uma reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, que o plano de ação para amenizar a situação difícil dos caminhoneiros iria começar, no último sábado. “Até domingo, os mantimentos devem chegar para os caminhoneiros. Eles estão com os caminhões atolados, sem dinheiro, comida e coletando água da chuva para beber e para banho. Em dois dias, a meta é isolar a área e retirar os caminhões. Serão três dias para manutenção de emergência da via. A ideia é conseguir liberar o fluxo de carga por volta de sexta-feira da semana que vem, dia 3 de março”, disse em sua página oficial em uma rede social.

Segundo Maggi, são mais de quatro mil caminhões parados no congestionamento. “O excesso de chuvas travou o escoamento de soja de Mato Grosso para porto de Miritituba, no Pará. A região está intransitável. O trecho entre o município de Guarantã do Norte [Mato Grosso] até os terminais de Miritituba são cerca de 700 quilômetros. Desse total, 150 quilômetros ainda estão sem asfalto. Outro problema é que onde tem asfalto, tem pontes de madeira, que estão caindo. O atoleiro é pelo menos 35 quilômetros. A fila está com mais de 50 quilômetros entre os Distritos de Três Boieiros e o Caracol”.

Pelo menos cinco comunidades que ficam ao longo da rodovia estão isoladas. O prefeito do município de Trairão, sudoeste do Pará, decretou situação de emergência. De acordo com o decreto, o trecho que não é asfaltado está intrafegável e deixa as comunidades sem ter acesso à sede do município, o que já está provocando desabastecimento de alimentação, combustível e água. Alunos estão sem transporte escolar.

O trecho é um ponto importante de escoamento da safra mato-grossense, principalmente dos produtos que seguem para os portos de Miritituba, distrito de Itaituba, e ligação também com Santarém. Cerca de 5 mil caminhões estão parados na BR que liga Cuiabá a Santarém, e as transportadoras já contabilizam prejuízo de R$ 50 milhões, estima o presidente do Movimento dos Transportadores de Grãos (MTG) e da União do Transporte Rodoviário de Carga (UTRC), Gilson Baitaca. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) calculam perdas diárias de US$ 400 mil com a interrupção no tráfego dos caminhões que transportam as mercadorias.

Fonte Só Noticias

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