Volvo contrata funcionários para aumentar produção do caminhão FH

Cerca de cinco meses. Esse é o tempo médio de espera para quem compra hoje receber o caminhão Volvo FH mais vendido no mercado nacional, o modelo que acaba de completar 25 anos desde seu lançamento.

Carro-chefe de vendas da montadora sueca, com 70% de participação, o caminhão Volvo FH é um termômetro que dá indícios de um despertar no mercado de veículos pesados. “É um caminhão consagrado e desejado, que entrega resultado e se vende sozinho”, avalia Bernardo Fedalto, diretor comercial de caminhões da Volvo no Brasil. Em associação às características de um produto consagrado, o executivo destaca que “o mercado está bom” e é essa afirmação que indica sintomas positivos no mercado. No ano passado, a linha F, cuja plataforma inclui os modelos FH e FMX, vendeu cerca de 6,5 mil unidades. “O mercado da linha pesada cresceu 80%, nós acompanhamos e ainda ficamos um pouco acima do mercado”, relata Fedalto.

E, ao que tudo indica, a Volvo está se preparando para sustentar um novo crescimento de vendas nos próximos meses. O primeiro passo foi abrir a contratação de novos funcionários para aumentar a produção, o que começou a ser feito neste mês. A fábrica da marca em Curitiba (PR) estava com os funcionários trabalhando em um turno e meio e, após a eleição presidencial, a administração decidiu aumentar esse meio turno. A princípio, só não vai conseguir alcançar dois turnos completos porque está sofrendo com a falta de componentes para aumentar ainda mais o volume de produção.

“O mercado está muito mais positivo após a eleição (presidencial), o nível de confiança está muito mais alto. Nós sabemos que o país não está fácil, tem muita coisa para arrumar, os empresários têm consciência disso, mas existe uma expectativa muito positiva de que a economia vai crescer, o desemprego vai cair, só que isso não vai acontecer em janeiro, será um processo”, declara o executivo. Ele conta que antes da eleição presidencial muitos empresários diziam, em conversas informais, que não fariam novos investimentos e preferiam mandar dinheiro para o exterior. “Hoje já não se houve mais isso. Os empresários estão tomando decisão de investimento, os clientes estão pedindo cotação, há um ânimo muito positivo no Brasil, com a consciência de que o caminho é muito duro. O ambiente está muito melhor”, constata.

As vendas só não estão maiores, segundo ele, por causa do gargalo no fornecimento de componentes. Para driblar a falta dos itens em sua linha de produção, a Volvo foi buscar essas partes em mercados como a Ásia e o Oriente, que não estão tão bem quanto a Europa ou os Estados Unidos, e puderam disponibilizar o fornecimento. O índice de nacionalização do FH está em torno de 65%. “Alguns componentes serão sempre importados, mas a partir de 2020 isso deve normalizar porque estamos fazendo investimentos para regularizar o fornecimento desses componentes”, diz.

Fedalto analisa que, além do agronegócio ter colaborado para o aquecimento das vendas, o setor industrial, que vinha caindo ano após ano, voltou a crescer, ainda que lentamente. “Enquanto havia um grande medo político, nenhum empresário estava contratando, precisava de mão de obra, mas não contratava. A partir do momento da eleição, o empresário decidiu contratar. Está confiante de que vai ser melhor. A expectativa é muito positiva”, comenta.

Caminhão Volvo FH 25 anos

O executivo participou das comemorações dos 25 anos do caminhão Volvo FH que soma 1 milhão de unidades comercializadas em todo o mundo e mais de 130 mil na América Latina. A montadora lançou uma edição comemorativa limitada a 25 unidades que foram vendidas a 25 clientes escolhidos pelos concessionários, cujo histórico simboliza a longevidade da parceria com a Volvo.

Edição especial de 25 anos do caminhão Volvo FH

Essa série especial agrega todos os avanços tecnológicos,itens de segurança e inovações de design do FH. Os caminhões receberam cor exclusiva “vermelho perolizado”, para fazer uma alusão aos primeiros veículos da linha, que eram vermelhos e chegaram importados da matriz da Volvo na Suécia, em 1993. Nas laterais, foram customizados com um logo em prata, cinza e laranja com faixas que formam o número “25”. Para o interior do veículo também foram pensados detalhes na cor laranja nos pespontos dos bancos que combinam tecido e couro, cintos de segurança, tapetes e decalques refletivos nas portas.O volante tem acabamento em couro e o painel recebeu kit multimídia com tela touch de 7′. O veículo foi equipado com câmera de ré, tem escotilha superior com acionamento elétrico e geladeira para maior conforto do motorista.

Cabine do caminhão Volvo FH

Entre os itens de segurança, a série comemorativa tem controle eletrônico de estabilidade, sensor de mudança de faixa, sensor de ponto cego, piloto automático inteligente (anticolisão), sensor de chuva, freios eletrônicos a disco, airbag e freios ABS. A edição especial de 25 anos foi disponibilizada nas versões 6×2,com motor de 460 cv / 2.300 Nm e 6×4, com motor 540 cv / 2.600 Nm.

Na Alemanha

“Com o caminhão Volvo FH, por diversas vezes estabelecemos novos limites na indústria de caminhões. Com este modelo criamos novas possibilidades para um transporte cada vez mais seguro, rentável, eficiente e de baixo impacto ambiental”, disse Claes Nilsson, presidente da Volvo Trucks. Ele participou da entrega da unidade especial do FH de número “1 milhão” para a Gesuko, uma empresa transportadora da Alemanha.

(Futuretransport/Amarilis Bertachini)

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