Vendas de implementos despencam até abril

Queda de 39% é puxada pelo segmento de pesados, cujo volume cai pela metade

As vendas de implementos rodoviários no mercado interno despencam nos primeiros quatro meses do ano: o setor apurou queda de 38,6% na comparação com igual período do ano passado, ao emplacar 30.499 unidades contra as 49.697 unidades registradas há um ano, segundo dados divulgados na segunda-feira, 11, pela Anfir, associação que reúne as fabricantes no Brasil.

O resultado global foi fortemente afetado pelo segmento de pesados – reboques e semirreboques –, cuja queda foi de 50,7% no comparativo anual, para 9,3 mil unidades, reflexo da queda de quase 40% das vendas de caminhões no período (leia aqui); no primeiro quadrimestre de 2014 este volume era de 18,9 mil. 

No segmento de implementos leves, a retração, embora menor, não aliviou o cenário: foram vendidas 21,1 mil carrocerias sobre chassi, 31,1% abaixo dos 30,7 mil licenciados no ano passado.

– Veja aqui os dados da Anfir

“O ano se aproxima de sua metade e qualquer ação para ajudar a indústria precisa ser tomada com rapidez para que seus efeitos consigam reduzir as perdas no setor ainda em 2015”, afirma Alcides Braga, presidente da Anfir. 

Segundo a entidade, há projetos em curso que podem representar algum alento para o setor, como o estudo de um novo pacote de investimentos em infraestrutura que prevê o leilão de três aeroportos, Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC) e Salvador (BA), quatro trechos de rodovias e a extensão da ferrovia Norte-Sul, conforme destaca Mario Rinaldi, diretor executivo da Anfir: “Poderemos ter um movimento de recuperação da economia sem no entanto representar resultado positivo no PIB, mas apenas para reduzir as perdas”, diz. 

Outras iniciativas são aguardadas pela entidade a fim de ensaiar uma retomada no setor, incluindo o programa de renovação de frota, que inclui a substituição de caminhões e implementos rodoviários antigos por modelos mais novos, pedido encaminhado pela entidade em março ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que na ocasião também solicitou a alteração nos financiamentos de implementos rodoviários, ampliando a participação da linha Finame PSI do BNDES para até 80% do valor do bem. Hoje, a regra estipula teto de 70% do valor total financiável em caso de pequenas e médias empresas, e de 50% para grandes. Ambos os pedidos estão em estudo pelo MDIC. 

Citando previsão da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, divulgada em abril, a entidade espera retração do PIB industrial para índice abaixo do PIB nacional, com redução de algo como 3,4%.

Para o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, que falou sobre a situação atual em evento de posse realizado pela Anfir (leia aqui), o cenário indica que o pior trimestre de 2015 foi o primeiro e, por isso, de acordo com suas projeções, até o fim do ano o nível de atividade econômica tende a crescer. Segundo ele, há movimentos por parte do governo federal no sentido de movimentar os negócios.

fonte: Automotive Business

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