Ministério da Saúde amplia público-alvo da vacinação contra a dengue

(Imagem: reprodução/Freepik)

Redação Chico da Boleia

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (18), a ampliação da faixa etária (público-alvo) para a vacinação contra a dengue, visando evitar a perda do estoque, já que as vacinas irão vencer em breve, devendo ser aplicadas até o dia 30 de abril. Ainda de acordo com a pasta, a imunização deve ser feita, prioritariamente, em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos.

Entretanto, ficará a critério dos municípios estender a aplicação das doses em pessoas de 4 a 59 anos – limite etário especificado na bula da vacina Qdenga, conforme aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Os municípios que tiverem muitas vacinas contra dengue com validade até 30 de abril, representando um risco de perda física, poderão aplicá-las em faixa etária ampliada, de 6 a 16 anos. Em caso de necessidade, municípios poderão ampliar a estratégia para a faixa etária aprovada pela Anvisa, entre 4 a 59 anos, conforme disponibilidade de doses que vencerão até 30 de abril de 2024”, escreveu a Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

Dados o Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde, revelam que o Brasil tem, até o momento, 1.601 casos confirmados de morte por dengue, apresentando um aumento de 35% no número de óbitos quando comparado a 2023 (com 1.179). Já os casos prováveis da doença chegam a quase dois milhões.

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), somente este ano foram confirmados mais de 5,2 milhões de casos de dengue em toda a América, sendo que os países mais afetados pela doença são Brasil e Argentina, devido, ainda, a transmissão muito forte, “criando uma situação de emergência”, mesmo com áreas críticas já estabilizadas.

A campanha de vacinação no Brasil teve início em fevereiro e as doses do imunizante foram distribuídas para 521 municípios, priorizando as doses para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

Prevenção

A redação do Chico da Boleia conversou com Carolina Polido, professora e coordenadora do curso de Enfermagem da Estácio, que destacou alguns cuidados importantes para prevenir o contágio da dengue, transmitido pelo vírus Aedes Aegypti.

  • A melhor prevenção coletiva é a eliminação de criadouros. Tudo que pode acumular água limpa e parada é um possível criadouro, e isso vale para papéis de bala, tampas de garrafas, caixas d’água, vasos de plantas, latas. Por isso, fazer o descarte correto do lixo é extremamente importante;
  • O mosquito pode viver por até 45 dias e colocar até 450 ovos, que são extremamente resistentes, podendo viver se água por 300 a 400 dias. Sua capacidade de voo pode chegar a 300m de distância, então não há solução melhor do que eliminar os criadouros;
  • Vale lembrar que o fumacê, muito utilizado no Brasil, mata somente os mosquitos, e não elimina as larvas;
  • Para fazer a sua parte, descarte o lixo sempre no local correto e utilize medidas de prevenção individual, que são os repelentes do mosquito para a pele ou para ambientes.

*Com informações da Agência Brasil e Ministério da Saúde

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