NTC&Logística divulga pesquisa de mercado do Transporte Rodoviário de Cargas no CONET

Na tarde de ontem, líderes e empresários do Transporte Rodoviário de Cargas reuniram-se no Rio de Janeiro para debater assuntos de grande importância para o setor. O CONET (Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado) tornou-se um evento tradicional do TRC, aguardado pela categoria por conta dos direcionamentos relacionados ao frete.
Antes do início do evento, todos os presentes homenagearam, com uma salva de palmas, Denisar Arneiro, ex-presidente da NTC e do SETCESP, que faleceu no último dia 31 de julho.
Em seguida, o mestre de cerimônia convidou para compor a mesa principal o presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandes, o vice-presidente da NTC&Logística, Urubatan Helou, o presidente da FETRANSCARGA, Eduardo Rebuzzi, e o presidente do SINDICARGA, Francesco Cupello, representando todos os sindicatos anfitriões.
Cupello parabenizou as entidades que organizaram o evento e disse ter certeza que a tarde seria um sucesso. “Diante do cenário em que vivemos, nós temos que fazer a nossa parte. E essa é uma oportunidade de reunir o setor para debater assuntos de extrema importância e trocar ideias”.
Rebuzzi agradeceu a todos pelo apoio e escolha do Rio de Janeiro para sediar o CONET e relembrou que algumas vitórias que já foram alcançadas, mas que ainda há muito o que fazer. “A Reforma Trabalhista é um bom exemplo de como o setor consegue se articular. Agora temos que pensar na Reforma Tributária”, ressaltou. Sobre a crítica situação do roubo de cargas no Rio, Rebuzzi falou do trabalho que vem sendo desenvolvido. “Queremos recolocar o Rio de Janeiro no patamar de cidade maravilhosa”.
Dando continuidade à abertura, Urubatan ressaltou a importância do trabalho pós-evento. “Nosso trabalho começa de fato após o CONET. Esse evento tem sucesso na medida em que as entidades replicam em suas bases tudo que foi debatido e decidido”. E enfatizou: “ou repassamos os custos, ou em breve estaremos à margem do setor”.
José Hélio reforçou a importância de reverberar o que for decidido no CONET para as bases. “Temos que fortalecer as bases para que todos sigam na mesma direção”. E concluiu: “fizemos um trabalho muito eficiente na Reforma Trabalhista, contribuindo com sugestões de emendas aos deputados. E esse movimento teve início no CONET. Vamos continuar fazendo nossa parte para fortalecer cada vez mais o setor”.
A secretária do CONET e assessoria jurídica da NTC, Gildete Menezes, dividiu com os participantes o Relatório de Providências do CONET/2017 (Rio Quente/GO), mostrando o trabalho realizado durante a após o evento, em diversas frentes.
Apresentações DECOPE
Neuto Gonçalves dos Reis, diretor técnico da NTC&Logística, apresentou o Índice de Variação do INCT. Em seguida, Lauro Valdívia, assessor técnico da NTC&Logística, revelou a pesquisa de mercado, realizada em parceria com a ANTT. A pesquisa envolveu 2.290 empresas de transporte rodoviário de cargas em todo o Brasil e aponta o cenário no primeiro semestre de 2017. “Houve uma leve melhora, mas a situação ainda é muito preocupante”, afirma Lauro.
Entre os números apresentados, foi analisada uma defasagem de 20,89% nos fretes de carga lotação e 7,72% para carga fracionada. De acordo com a pesquisa, 70,5% das empresas entrevistadas tiveram queda no faturamento e 91% diminuíram de tamanho. “Esses números são consequência da crise, que diminuiu em grande escala o volume de carga transportada. Com isso, as empresas tiveram que se adequar e reduzir de tamanho”, explica Lauro.
Com a crise, toda a cadeia produtiva foi afetada e o pagamento do frete ficou prejudicado. 54,7% das transportadoras estão com fretes a receber em atraso, o que representa 14,3% do faturamento. Em média, as empresas demoram 26,7 dias para receber o pagamento. Como consequência disso, 38,7% delas estão com parte da frota parada e 33% sofrem com alguma ação trabalhista.
“Os dois últimos anos foram os piores já vividos pelo transporte rodoviário de cargas. Mas acreditamos na retomada da economia e, consequentemente, no crescimento do setor”, afirma José Hélio. “A expectativa é que o PIB seja positivo, trazendo uma maior confiança a todos”.
O quadro abaixo traz um resumo da situação atual e um comparativo com os períodos anteriores:
Taxa de Emergência Excepcional – EMEX
Diante do cenário de violência que se instaurou, principalmente na região metropolitana do Rio de Janeiro, criou-se em fevereiro de 2017 (CONET-Rio Quente) a Taxa de Emergência Excepcional (EMEX) – valor extra cobrado para regiões que se encontram em estado de beligerância. A sua cobrança se justifica pelo alto custo suportado pelas empresas transportadoras para manter suas operações nestas condições, como por exemplo:
• Seguradoras estão mais restritivas e exigentes na subscrição de risco;
• Dificuldade de recuperação da carga pois as mesmas são desviadas para comunidades em que a autoridade policial “não tem condições de acesso”;
• Aumento da franquia (participação cada vez maior);
• Utilização de escoltas urbanas;
• Reforço no gerenciamento de risco;
• Restrições a utilização de determinadas rotas.
O valor dessa taxa é de R$ 10,00 por fração de 100 kg mais um percentual do valor da carga que varia de 0,3% a 1,0%.
Parceiros do setor
Durante a tarde, os patrocinadores tiveram a oportunidade de deixar sua mensagem, no Momento Empresarial.
O CONET&Intersindical edição Rio de Janeiro é uma realização da NTC&Logística e Fetranscarga, com o apoio das entidades anfitriãs: SINDICARGA, SETC, SETCANF, SINTRASNPORTES e SULCARJ. Também conta com o patrocínio da Autotrac, BGMRodotec, CCR Nova Dutra, Desconfie Já, Iveco, Man Latin América, Mercedez-Benz, Petrobras, Reed Exhibition Alcântara Machado, Sascar, Top Doctors, TOTVS e Trade Vale TNIX. A organização é da DBA&C e Associados.

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