Governo debate alternativas para pôr fim a protestos de caminhoneiros

Titulares de quatro pastas se reuniram no Planalto para discutir bloqueios.
Caminhoneiros fecharam rodovias para protestar contra aumento do diesel.

Diante da escalada de protestos pelo país, ao menos quatro integrantes do primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff se reuniram nesta terça-feira (24), no Palácio do Planalto, para analisar e discutir sobre a série de interdições promovidas por caminhoneiros em estradas de oito estados. Os manifestantes protestam contra o aumento no preço do litro do óleo diesel e contra o valor dos fretes.

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O encontro ocorreu no gabinete do ministro da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto, responsável pela interlocução do governo com os movimentos sociais. Além de Rossetto, participaram da reunião os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) e Antônio Carlos Rodrigues (Transportes).

Durante a reunião, os ministros decidiram que, antes de se pronunciar sobre o assunto, o governo irá procurar os sindicatos que representam os movimentos de caminhoneiros e as empresas para as quais eles prestam serviços.

Os auxiliares da presidente Dilma discutiram ainda alternativas jurídicas para liberar os pontos interditados pelos caminhoneiros, além do impacto das paralisações na economia.

Conforme apurou o G1, Miguel Rossetto deverá se pronunciar ainda nesta terça sobre a paralisação dos caminhoneiros – até o início da tarde, não estava decidido se a manifestação do ministro iria ocorrer por meio de nota ou em uma coletiva de imprensa.

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), uma das entidades que representam os caminhoneiros no país, divulgou nota na qual afirmou estar “ciente das manifestações e bloqueios em rodovias federais e estaduais pelo país”. A entidade também destacou no comunicado que “solicitou uma reunião com os ministérios para tratar das reivindicações, especialmente para tratar do aumento do combustível”.

Ações na Justiça
Nesta segunda-feira (23), a Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou ações na Justiça Federal dos estados onde houve o bloqueio de rodovias.

A AGU pediu que a Justiça conceda liminar (decisão provisória) para que as estradas sejam desbloqueadas e para que seja imposta uma multa de R$ 100 mil por cada hora em que a decisão for descumprida.

Efeitos dos protestos
Os bloqueios já afetam o abastecimento em algumas regiões. No Paraná, cidades enfrentam falta de combustíveis, e o litro da gasolina chegou a ser vendido por R$ 5 em Pato Branco. Na cidade também há registro de atrasos na entrega de medicamentos.

No mesmo estado, onde a paralisação começou no dia 13 de fevereiro, a BRF, que detém as marcas Sadia e Perdigão, anunciou na segunda-feira que parou a produção em duas fábricas por falta de aves e que isso afeta “todo o ciclo de produção, desde a produção de ração animal até a distribuição de seus produtos pelo país e exterior.”

Em Santa Catarina, a distribuição do leite foi afetada por conta das manifestações e está 100% interrompida pela falta de transporte. A agroindústria Aurora Alimentos, que fica no Oeste do estado, disse que paralisaria suas atividades nesta terça devido ao bloqueio do transporte de suas matérias-primas.

Em Minas Gerais, a Fiat teve a produção de veículos afetada, pois os componentes usados na montagem de veículos não foram entregues.

Em Mato Grosso, o óleo diesel também acabou em distribuidora no Norte do estado por causa dos bloqueios nas rodovias.

Filipe Matoso Do G1, em Brasília
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