Ex-ministro fala sobre a atual situação econômica do Brasil.

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O ex-ministro e economista Maílson da Nóbrega foi o destaque do café da manhã promovido pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), no início do mês de março, na sede da entidade. Na ocasião, Nóbrega ministrou para diversos convidados uma palestra referente ao atual contexto econômico que se encontra o Brasil.

O economista aproveitou o espaço cedido para expor suas criticas, traçar panoramas e explicar detalhadamente diferentes aspectos do âmbito que é sua especialidade, sempre se orientando pela atual conjuntura da economia brasileira. Nóbrega foi Ministro da Fazendo durante o governo de José Sarney, período marcado por uma forte recessão e pela hiperinflação dos preços.

“O Brasil vive um momento de incertezas e começamos a pagar o preço dos erros da gestão e isso particularmente no campo econômico com equívocos na política fiscal. Eu acredito que caminhamos para um momento recessivo, vai ser difícil escapar disso esse ano. Nós estamos prevendo uma queda do PIB e pode ser pior se houver racionamento de energia e com o desdobramento da operação Lava Jato”, frisou.

Para o ex-ministro, os juros também continuarão altos e os custos também podem aumentar. “Temos expectativa de um aumento da inflação, o desemprego vai crescer e a renda real dos brasileiros pode cair. No entanto, o Brasil é um país extremamente produtivo, temos um setor agrícola competitivo, com muitas oportunidades e com um empreendedorismo da maior qualidade. E isso em vários segmentos, no transporte, na indústria e outros”, afirmou.

Para Nóbrega, o Brasil também sofre as consequências de outros problemas, como o baixo nível educacional e a pouca capacidade produtiva dos trabalhadores. “Um trabalhador dos Estados Unidos produz muito mais que um brasileiro com as mesmas condições”, deu sua opinião.

Na ocasião, Chico da Boleia também conversou com Flavio Benatti, Presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo. De acordo com ele “houve uma clareza muito grande nessa palestra, teremos um ano muito difícil daqui pra frente. Mas uma coisa é fato, o Brasil não vai fechar as portas. O Brasil é um país que continua oferecendo muitas oportunidades.”, afirmou.

Na opinião de Benatti o atual momento econômico é de ajustes, já que os anos anteriores “priorizou mais o consumo e menos a infraestrutura”.

Durante a entrevista, Chico da Boleia falou sobre a greve dos caminhoneiros, frisando que se do lado das empresas de transporte existe um movimento sindical e representações bastante arraigadas e fortes, do lado dos transportadores autônomos a capacidade organizativa dos trabalhadores ainda é pequena.


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Flávio Benatti comentou que as lideranças existentes neste setor são regionalizadas e não existe um grau muito elevado de filiações e participação. “Mas na realidade o movimento grevista surgiu pela excessiva oferta de transportes no país. Com as políticas de financiamento de crédito e aumentando a oferta de caminhões no mercado, o embarcador, como não é bobo, numa política de livre comércio, abaixou o preço do frete, o que causou descontentamento”, afirmou Benatti.

Confiança no mercado brasileiro

No entanto, contrariando o panorama negativo dos observadores Nóbrega e Benatti, na última segunda-feira (23 de março) a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) divulgou estudo no qual manteve a nota de crédito de longo prazo do Brasil em moeda estrangeira. A decisão coloca uma perspectiva estável para o Brasil, que mantem o selo de local seguro para investir.

De acordo com notícia divulgada no portal G1, o grau de investimento é um selo de qualidade que assegura aos investidores um menor risco de calotes. A partir da nota de risco que determinado país recebeu, os investidores podem avaliar se a possibilidade de ganhos (por exemplo, com juros maiores) compensa o risco de perder o capital investido com a instabilidade econômica local.

De acordo com a S&P, a avaliação reflete a expectativa de que o ajuste fiscal em andamento “vai continuar recebendo apoio da presidente Dilma Rousseff e do Congresso, restaurando gradualmente a credibilidade política perdida e abrindo caminho para uma perspectiva de crescimento mais forte no próximo ano”.

Com esta classificação o país ainda mantém o grau de investimento. A perspectiva estável indica que a S&P não deve fazer novos rebaixamentos no curto prazo. O Brasil segue com grau de investimento na classificação das 3 principais agências, o que pode melhorar as perspectivas de mercado e dar novasfrentes para os investidores no país._MG_9087

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