Especialista na área de comunicação no TRC, Francisco Reis, fala sobre a economia do setor.

No mês passado, Chico da Boleia realizou uma entrevista com Francisco Reis, da Revista Caminhoneiro. Confira.

Todo mundo sabe que informação é poder, e é por isso que muitas vezes temos que ter cuidado com o tipo de informação que nos deparamos. É preciso criticar as fontes, entender quais são os interesses por trás de uma publicação e, sobretudo, defender a democratização do espaço que é dado aos diferentes veículos de comunicação.

Chico da Boleia  teve uma agradável conversa com Francisco Reis, jornalista da conhecida Revista Caminhoneiro. Durante o bate papo ambos falaram sobre como é o trabalho de noticiar sobre as informações relacionadas ao setor do transporte rodoviário de cargas.

Um dos assuntos que não poderia ficar de fora da pauta foi a atual situação do mercado brasileiro. Na opinião de Reis, tudo o que vivenciamos hoje tem a ver com uma série de decisões que não foram tomadas adequadamente a longo prazo.

As dificuldades de crescimento da indústria automobilística esse ano, e principalmente em alguns segmentos da área de caminhões, fez com que muitas montadoras ficassem de fora de um dos eventos mais importantes do setor, a Fenatran.

“Eu conversei com algumas montadoras, e o investimento que se faz na Feira é mais bem dirigido dentro da empresa. Eu acho que houve uma conjunção de fatores. A crise existe, o mercado cresce em 43% da sua capacidade total e o valor para se participar da Fenatran é muito alto. Então isso afetou as empresas”.

Na opinião do jornalista, apesar de vivenciarmos uma crise, é difícil ficar insistindo nessa questão o tempo todo, já que isso pode causar um aumento significativa da desconfiança e da participação das empresas. “Quanto mais a gente fala da crise, mais ela aumenta.”, afirmou.

Essa situação também gera consequências, segundo Reis, para os caminhoneiros, que ficam isolados de conhecerem as novidades do setor. “O caminhoneiro queria ver coisas pessoalmente na Fenatran e isso não aconteceu porque algumas montadoras não participaram.”, ressaltou.

Sobre as expectativas para o próximo ano, Francisco Reis acredita que as condições devem mudar a partir do mês de agosto de 2016. Em sua opinião, uma possibilidade de impeachment pode piorar ainda mais o quadro atual.

“As pressões são muito grandes em cima da Dilma. Então se ela ficar, mudanças ocorrerão no começo do ano e até agosto a economia volta a esquentar. Se o impeachment acontecer, aí é que as coisas vão ficar muito pior do que estão. Isso não é bom pra ninguém. O que seria ideal é uma união dos políticos para encontrar soluções sem impeachment.”, finalizou.

Redação Chico da Boleia. 

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