
Redação Chico da Boleia
O mais recente levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE) revelou que o emplacamento de caminhões teve queda de 15,73%, em comparação a julho. Segundo a entidade, foram comercializadas 8.805 unidades desses veículos no período. Um dos motivos para a redução nas vendas foram os desafios enfrentados pelo mercado nacional.
O segmento também registrou resultado negativo de 23,73% quando comparados os dados de agosto de 2025 com 2024; no acumulado do ano, os emplacamentos dos pesados tiveram decréscimo de 6,64%.
“O crédito segue caro e as empresas continuam seletivas com os investimentos. O agronegócio não favorece esse segmento, que reage quando as condições melhoram, mas estão enfrentando desafios importantes neste ano”, explica Arcelio Junior, presidente da Federação.
Resultados para todos os segmentos
Ainda de acordo com a entidade, avaliando o quadro geral, todos os modelos veiculares sofreram redução nas vendas. Os emplacamentos totalizaram 431.079, porém, apesar do alto número, a retração para o setor foi de 5,9% comparando agosto com julho deste ano.
Segundo a FENABRAVE, um dos fatores para a queda mensal foi o menor número de dias úteis (21 em agosto contra 23 em julho). No entanto, a média diária de vendas subiu de 19.914 para 20.527 unidades, indicando boa demanda do setor em geral.
Na comparação com o mesmo período de 2024 e no acumulado do ano, as vendas tiveram bom resultados, com crescimento de 1,95% e 6,58%, respectivamente.
“Agosto teve dois dias úteis a menos que julho, o que, naturalmente, pesa no comparativo mensal. O que nos anima é a aceleração da média diária e o fato de termos o melhor agosto desde 2013 e o melhor acumulado desde 2014, o que pode indicar que as nossas projeções se concretizarão até o fim deste ano”, afirma Arcelio Junior, Presidente da Fenabrave, que complementa: “O que pode alterar o resultado é o desaquecimento da economia e as altas taxas de juros, que provocam a desaceleração do crédito para o nosso setor”, pondera o Presidente da Fenabrave.
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