Presidente do Sindicamp explica a importância e tira dúvidas sobre o RNTRC

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José Alberto Panzan | Foto: Murilo de Abreu

José Alberto Panzan destacou que as novas regras consertam erros do cadastramento e podem mostrar dados reais sobre os transportadores.

Chico da Boleia esteve em Campinas, na sede do Sindicamp (Sindicato das Empresas de Transportes e Cargas de Campinas e Região) e conversou com José Alberto Panzan, Presidente da entidade. Ele esclareceu as novas regras para o cadastramento e recadastramento do RNTRC. Confira a entrevista na íntegra.

Chico da Boleia: Alberto, como é que você vê essa retomada do recadastramento e como é que a sua região de Campinas está reagindo?

José Alberto Panzan: Olha Chico, o recadastramento era algo necessário de ser feito para nós atualizarmos as informações e ao mesmo tempo para nós termos o real levantamento de quem é transportador e de quem não é, seja ele autônomo, cooperado ou empresa de transporte. Nós seguimos aqui as instruções da ANTT, os procedimentos definidos por ela e nós somos apenas um posto, uma base para se fazer esse cadastramento. O movimento ele tem se dado de forma considerável porque independentemente do caminhão estar rodando ou não é necessário fazer o recadastramento. Então eu digo que a intenção é boa, existe um custo que não foi definido por nós, e nós temos que seguir a regra. A demanda existe porque é necessário cumprir a legislação.

Chico da Boleia: Você acredita que com o andar da carruagem isso pode mostrar um aumento do número de transportadores?

José Alberto Panzan: Eu acho que pode mostrar um número real dos transportadores. No registro antigo, as exigências eram menores do que as que estamos tendo agora. Então nós tínhamos vários casos do tipo: alguém que tinha um açougue e resolveu comprar um caminhão para o cunhado dele trabalhar. Não era a atividade fim dele, mas ele acabou comprando e conseguiu o registro. Então eu acho que esse novo recadastramento vai corrigir algumas falhas como essa daí. E vamos esperar que melhore. Pelo histórico que nós temos dos últimos dois anos, várias empresas de transporte pelo cenário econômico acabaram fechando. Sinceramente eu não acredito que teremos um aumento do número de transportadores, partindo do princípio de que no modelo de registro anterior era necessário você fazer a atualização: se eu adquirir um novo veículo é necessário fazer a inclusão, se eu vendi o veículo é preciso excluí-lo, etc. Mas eu acho que não vamos ter um aumento grande de empresas de transporte.

Chico da Boleia: Outra norma que foi recuperada foi o dispositivo auxiliar de identificação veicular, a placa amarela. Como as transportadoras e o sindicato estão vendo isso?

José Alberto Panzan: Nós achamos isso uma medida desnecessária. Antigamente você tinha lá um dispositivo com o fundo verde com as letras vermelhas. Daí fizeram a faixa refletiva. Isso ficou suspenso e agora vai ser retomado no segundo semestre, mas, veja bem, isso não isenta o motorista de uma autuação caso a placa esteja ilegível, por exemplo. Também não isenta de autuação se a placa estiver escondida dentro da carroceria. E o próprio Detran exige, hoje, que a placa do veículo seja refletiva. Por outro lado, nós temos um outro problema. No Brasil está previsto que haverá mudança do numeral no sistema de emplacamento dos nossos veículos. Nós vamos deixar de ter 3 letras e 4 números para um outro sistema que é o adotado no Mercosul. Então, veja bem, eu tenho que investir hoje para fazer a faixa refletiva amarela e daqui a pouco eu tenho que substituir isso porque a placa vai mudar. Então eu acho que isso deveria ser melhor pensado. A própria NTC tem questionado isso junto aos órgãos competentes lá em Brasília para a gente ver a real funcionalidade da coisa, se realmente vai ajudar ou não.

Sobre o Sindicamp

O Sindicamp (Sindicato das Empresas de Transportes e Cargas de Campinas e Região) foi fundado em 1983, com a finalidade de representar os empresários do ramo do transporte rodoviário de cargas de Campinas e região, junto às autoridades em todos os níveis das administrações pública, privada, federal e estadual. O Sindicamp representa 31 cidades da região.

Com sua sede localizada na cidade de Campinas, o Sindicamp está estrategicamente localizado no TIC – Terminal Intermodal de Cargas de Campinas, às margens das Rodovias Anhanguera, Bandeirantes e Dom Pedro I, ao lado do principal entroncamento ferroviário do país.

O Sindicamp é classificado como o segundo maior sindicato do Estado de São Paulo, dentre os 14 que fazem parte da Federação das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo.

Redação Chico da Boleia| Fotos:  Murilo de Abreu

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