Sem lançamentos, Fiat e Volkswagen devem fechar 2013 em queda

Depois da explosão de crescimento nos últimos anos, omercado brasileiro de veículos leves deve encerrar 2013 com queda ou estabilidade. Entre janeiro e novembro as vendas diminuíram 1,3%, para 2,95 milhões de unidades. Mas esse resultado é bastante diferente entre as 10 marcas mais vendidas do mercado. Enquanto algumas melhoraram seu desempenho, apesar do contexto desfavorável, outras registraram quedas importantes, bem acima da média. Como exemplo da segunda situação, estão Fiat e Volkswagen, justamente a líder e a vice-líder de vendas. O movimento comprova que o mercado brasileiro está menos concentrado, com mais marcas que atraem o interesse do consumidor.

Sem lançamentos para esquentar os negócios, a Fiat reduziu em 8,6% suas vendas até novembro e entregou 697,7 mil carros no período. A performance negativa causou redução de 1,6 ponto porcentual na participação de mercado, que ficou em 21,5%. Além da perspectiva de fechar este ano em queda, a Fiat tem cenário pouco alentador para 2014. Não é esperado nenhum grande lançamento da marca para o próximo ano. Há ainda o encerramento da produção do Mille, modelo mais barato do portfólio da marca. Ele deve ser substituído pelo Palio Mille .

A Volkswagen teve redução ainda maior nas vendas nos 11 meses deste ano, de 13,2%. Com 605,3 mil veículos, a organização perdeu 2,5 pontos de participação e ficou com 18,7%. Com isso, a segunda maior marca de carros do País ficou encostada com a concorrente na terceira colocação, ocupada pela Chevrolet/General Motors, com 18,2% de market share.

Assim como a Fiat, a Volkswagen passou 2013 sem lançamentos expressivos, mas prepara novidade importante para o ano que vem: a chegada do compacto Up!, que deve acontecer ainda no primeiro trimestre. Já a GM ganhou espaço com a sua linha renovada de veículos. A empresa ampliou os emplacamentos em 1,5%, para 588,5 mil unidades. O compacto Onix deu contribuição importante ao resultado, com mais de 110 mil emplacamentos.

ESTRATÉGIA BEM-SUCEDIDA

A Ford parece ter acertado o balanço entre lançamentos, preço e publicidade e elevou em 3,7% os volumes na comparação com o ano passado, para 303,5 mil veículos vendidos. O market share subiu 0,5 ponto e chegou a 9,4%. Por enquanto, a empresa trabalha com veículos globais apenas em categorias superiores, a partir do hatchback New Fiesta. Com a chegada do novo Ka, esperada para o início do próximo ano, a performance da companhia pode recuar na entressafra, pois a marca deixará de contar com seus modelos mais baratos, o Ka antigo, que deixa de ser produzido ainda este mês, e a velha geração do Fiesta, que deve encerrar sua participação no mercado brasileiro a partir de abril de 2014.

Como quinta maior marca em vendas do mercado brasileiro está a Renault. Depois de perder a posição por alguns meses para a Hyundai, a montadora francesa recuperou o espaço, apesar da queda de 4% no volume total de vendas este ano, para 210,5 mil carros. Houve leve retração na participação de mercado nos 11 meses do ano, para 6,5%. Parte da redução se explica pela interrupção por dois meses da produção na fábrica da companhia no Paraná, entre 15 de novembro e 15 de janeiro, que fez com que a empresa perdesse o fôlego para abastecer sua rede de concessionárias. Agora, com o ritmo de produção normalizado e o lançamento da nova geração do Logan , a companhia deve voltar a crescer – isso já pode ser notado nos últimos três meses, nos quais a Renault abocanhou pouco mais de 7% de market share.

A sexta colocada no ranking de vendas até novembro foi a Hyundai, graças à família HB20. A empresa vendeu 190,8 mil carros no Brasil, aproveitando o máximo da capacidade produtiva da planta de Piracicaba (SP), que já opera com terceiro turno. O volume garantiu à empresa coreana fatia de 3,1% do mercado nacional.

A Toyota manteve a sétima posição entre as marcas que atuam no Brasil, com 4,9%, 1,9 ponto a mais do que no ano passado. Com o Etios, primeiro carro popular da montadora no País, a companhia vendeu 158,6 mil veículos no mercado nacional. O volume representa alta expressiva de 60,1% sobre o anotado entre janeiro e novembro de 2012.

Apesar de ter ampliado suas vendas no período, a Honda perdeu posição no ranking de vendas e caiu da sexta para a oitava colocação. Foram emplacados 124,7 mil carros da marca, alta de 1,7%. A empresa garantiu ainda 3,8% de market share, nível praticamente estável em relação ao ano passado.

RETRAÇÃO

A Nissan foi outra empresa a descer degraus entre as que mais vendem e saiu da oitava para a nona posição. As vendas da marca diminuíram 25,5% e somaram 71,1 mil veículos. A companhia entregou 0,7 ponto de presença de mercado e ficou com 2,2% de participação. A estratégia da companhia no Brasil foi afetada pela limitação das importações do México, de onde a Nissan trazia carros sem pagar imposto de importação ou IPI majorado. Com isso, os carros populares da marca, como March e Versa, só devem recuperar a competitividade no mercado nacional quando a companhia começar a produzir localmente na fábrica que será instalada em Resende (RJ) e deve começar a operar em 2014.

As marcas da PSA Peugeot Citroën apresentaram desempenho fraco. A Citroën foi a décima mais vendida do País, mas com queda de 12,8% nos volumes, para 59,1 mil carros. Com leve diminuição de sua participação de mercado, a empresa respondeu por 1,8% do total emplacado no Brasil até novembro. Já a Peugeot, que ocupa a 11ª posição, teve queda ainda maior, de 20,8% e vendeu 52,4 mil veículos. A empresa entregou mais 0,4 ponto de market share, ficando com participação de 1,6%.

ranking vendas

GIOVANNA RIATO, AB

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