Pesquisa revela que 73 % das transportadoras perderam veículos durante a inundação

(Imagem: divulgação/Setcergs)

Levantamento feito pela FETRANSUL entre os dias 17 e 22 de maio traz um raio X sobre os efeitos da enchente no setor de transporte e logística. 73 % das empresas perderam veículos, e a receita caiu para 93% delas.

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Francisco Cardoso, presidente da Federação, destaca que o setor imediatamente se engajou ao voluntariado, transferindo suprimentos e donativos para inúmeras cidades do RS. Por outro lado, atento às necessidades do segmento, a Federação encaminhou pleitos ao Governo Federal e Estadual, assim como instou o apoio da bancada federal do RS e dos deputados estaduais. Entre os pedidos, demandou ao BNDES que o PRONAMPE para capital de giro seja mais acessível no sistema financeiro do Estado, não se limitando aos grandes bancos. Os transportadores também desejam acesso ao REFIN, programa que refinancia créditos já tomados. A FETRANSUL solicita que todas as cidades gaúchas sejam beneficiadas pelo banco, pois o transporte opera integrado de forma sistêmica. Outra decisão do BNDES que está sendo questionada é o prazo inicial para disponibilidade dos recursos: 15 de julho.

Outras medidas solicitadas reeditam iniciativas adotadas durante a pandemia, tais como a suspensão do recolhimento do FGTS por três meses, flexibilização dos contratos de trabalho e postergação de parcelas de financiamento de empresas. Alinhada com as demais Entidades Federativas setoriais do RS, a FETRANSUL também pleiteia a isenção de impostos federais por 36 meses, destacando que todas as medidas aplicadas à indústria e ao comércio devem ser estendidas ao Transporte.

Cardoso acrescenta que a Federação produziu um documento: o Plano de Recuperação das Transportadoras Gaúchas. Nele registra necessidades do setor, como a criação de um REFIS para renegociar dívidas de ICMS, requer um plano diferenciado de recuperação das rodovias, que observe projetos mais resistentes a enchentes, e que os fretes de donativos sejam remunerados, pois as empresas estão com seu capital de giro exaurido.

Mercadologicamente, a Entidade propõe a implantação de uma taxa emergencial de fretes, exclusivamente para o RS, em caráter transitório, pois a infraestrutura rodoviária precária encareceu todas as operações de movimentação de cargas. Francisco Cardoso lembra que a exemplo do comércio e da indústria, o setor de serviços, em particular o transporte e logística, cumprirão papel determinante na retomada do crescimento, o que torna muito importante manter as empresas aptas após este trágico evento climático.

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