Índice de mortes caiu 51% nas rodovias sob concessão no Estado de SP

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Seminário da ARTESP na Semana Nacional do Trânsito mostra a importância da conscientização dos motoristas para reduzir vítimas fatais

O índice de mortes nas rodovias concedidas no Estado de São Paulo caiu 51,7% entre 2000 e 2013 – o índice leva em conta, além dos acidentes, a extensão da malha e o volume de veículos em circulação. A informação foi divulgada na manhã de hoje pelo gerente de Segurança e Sinalização da ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), Carlos Campos, durante o seminário “Seja você a mudança no Trânsito”, evento realizado no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), na USP, como parte da Semana Nacional do Trânsito. Campos destacou que esse avanço ocorreu graças a investimentos realizados através do Programa Estadual de Concessão de Rodovias no Estado de São Paulo, que tiveram como foco o lema “a rodovia que perdoa”. “Esse conceito quer dizer que o motorista erra, mas não paga com a vida, pois a rodovia está preparada para fazer com que esse erro não se torne uma fatalidade”, explicou.

Os investimentos na malha concedida entre 1998, quanto teve início o Programa de Concessão, e junho de 2015 superaram R$ 70 bilhões em obras que incluíram duplicação de pistas, implantação de marginais, readequação de acessos e várias outras intervenções ao longo dos 6,4 mil quilômetros. O gerente da ARTESP destacou que o maior desafio atual é “o fator humano”, isto é, fazer com que as pessoas passem a dirigir com maior consciência e respeito às leis de trânsito, reduzindo, consequentemente, as vítimas envolvidas em acidentes. A meta para as rodovias sob concessão em São Paulo é reduzir em 50% o número de mortes até 2020, tomando por base o ano de 2010, seguindo preceito estabelecido pela ONU para a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”, e em 20% o número de feridos no mesmo período.

Em sua apresentação, Campos destacou que o foco no “fator humano” já foi adotado com resultados satisfatórios este ano na campanha da ARTESP e concessionárias para a conscientização sobre a importância do uso do cinto de segurança, inclusive no banco traseiro. Pesquisa realizada em dezembro, que motivou o início da ação, mostrou que 54% dos passageiros do banco traseiro não utilizavam o cinto de segurança. Após oito meses de campanha, novo estudo (do final de agosto) mostrou queda de 16 pontos percentuais no índice de passageiros do banco traseiro que não utilizavam o cinto, caindo para 38% os que não usavam o dispositivo.

Outros participantes. A primeira palestrante do evento foi a psicóloga Raquel Almqvist, doutora em Psicologia do Trânsito no Instituto de Psicologia da USP, que abordou o tema “Comportamento de Risco: Diagnóstico para um Plano de Ação Assertivo contra a causa do acidente de trânsito”. A estudiosa destacou que a principal causa dos acidentes é o comportamento de risco, o fator humano. Salientou componentes externos ao trânsito que podem influenciar de forma negativa o comportamento do motorista, como o estresse. “É um fator que altera a resposta do condutor”, comentou. Abordou, ainda, o tempo de resposta do motorista ao volante, mostrando que qualquer distração pode ser fatal. “O motorista que dirige com atenção leva três quartos de segundo para reagir a algo que acontece no trânsito, mas se a pessoa teve uma noite mal dormida ou bebeu ou está no celular, esse tempo aumenta”, afirmou.

Em sua participação, a médica oftalmologista Rita Cristina Mainieri Ramos de Moura, da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), abordou o tema “Distração ao volante: o uso do telefone celular na direção”, em que destacou os prejuízos que as novas tecnologias trazem para a atenção do motorista. “Há uma atenção exagerada ao celular e não ao que acontece na via”, disse. A especialista destacou que até mesmo ao falar no viva-voz do telefone móvel há uma perda de concentração que gera prejuízo à dirigibilidade. “Até o fato do celular tocar pode trazer consequências, já que o motorista vai se distrair para apanhar o aparelho e atende-lo.”

O capitão Robinson Pomilio, da Polícia Militar Rodoviária, foi o penúltimo palestrante, antecedendo a apresentação do gerente de Segurança e Sinalização da ARTESP, Carlos Campos. Pomilio abordou o tema “Responsabilidade x Permissividade – de que lado estou?”, em que falou sobre as pequenas ações do dia a dia que podem trazer consequências graves no trânsito, como aceitar a carona de um amigo que bebeu antes de dirigir ao invés de alertá-lo sobre o risco que está correndo ou, ainda, dar carona a um amigo com um filho pequeno mesmo não tendo no seu carro a cadeirinha adequada para transportar a criança. Destacou, ainda, a responsabilidade dos agentes oficiais mesmo quanto não estão em serviço, ressaltando que essas pessoas não podem ser profissionais de tráfego apenas quando estão no trabalho, mas sim o tempo todo, e assim contribuir para a mudança dos hábitos que afetam a segurança no trânsito.

Também no evento, o diretor geral da ARTESP, Giovanni Pengue Filho, enfatizou que o uso do cinto de segurança funciona como uma vacina para a violência no tráfego, ao explicar que o equipamento pode ajudar a salva muitas vidas quando utilizado sempre e adequadamente. “Nossos esforços junto as concessionárias de rodovias demonstram que estamos certos e que é necessário utilizar sempre o cinto de segurança, em qualquer tipo de deslocamento em veículos. E não podemos esquecer que muito acidentes nas rodovias são provocados por veículos acima do limite de velocidade permitido.”  

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ARTESP – Assessoria de Imprensa

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