Fogaça comemora 50º aniversário na pista e avalia sua volta à Fórmula Truck

Quando definiu que disputaria as três últimas etapas do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck em 2012, depois de três temporadas sem pilotar, Djalma Fogaça assumiu que seu objetivo seria recuperar o ritmo de pista para celebrar como piloto, em 2013, seu 50º aniversário. A segunda etapa da atual temporada será emblemática nesse contexto: a corrida em Londrina (PR) será disputada na tarde de 7 de abril, dia do aniversário do piloto.

Fogaça dedicou mais da metade da vida ao automobilismo. “Comecei no finzinho de 1982, já são quase 31 anos. Eu acho que tive uma trajetória um pouco diferente da daqueles que sonharam com a Fórmula 1. Comecei a pilotar com 19 anos e tive uma trajetória rápida, e me manter no mercado até hoje foi bem mais importante que subir rápido”, avalia o piloto sorocabano, que somou experiências em inúmeras categorias nacionais e internacionais.

Desde a estreia em 1997, foram 16 temporadas de envolvimento direto com a Fórmula Truck. Pilotou até 2009 e, no campeonato seguinte, passou a se dedicar apenas à ação fora da pista, instruindo seus pilotos e assumindo um contato mais direto com o comando do time. A volta à cabine do caminhão aconteceu em outubro do ano passado. Às vésperas de completar 50 anos, o piloto garante uma dose alta de motivação para as disputas da Truck.

“Eu decidi voltar de uma maneira diferente. Até 1987, sempre corri pelo prazer, não pelo compromisso. De lá para cá, o fato de viver do automobilismo me fez mudar meu estilo”, diz, revivendo as mais de três décadas de carreira. “Agora, não. Corro por prazer, quero sentir como é isso de novo. Tenho feridas abertas até hoje que ainda sangram, por não ter conseguido chegar a uma categoria top lá fora, mas vivo muito bem com isso”.

A fase de Fogaça é de transição, já que a partir de 2014 o Ford terá motor de 12 litros – ele compete com caminhão com motor de nove litros. “O momento é dos 12 litros, eu diria 13, já que são 12,8. Então é uma coisa física, os caras têm 13 litros e a gente tem nove. Antigamente a gente conseguia compensar isso com vantagens no chassi. Hoje esses motores grandes estão tão desenvolvidos que a vantagem foi embora há muito tempo”, comenta.

Fogaça é lembrado pelos próprios adversários como forte candidato à vitória, dadas as características da pista paranaense. “O fato de me apontarem entre os favoritos até me envaidece, nesse momento, mas isso mostra quão dinâmico é esse esporte. Como pode uma equipe que andou o que andamos em 2012, com caminhões lentos e que quebravam muito, ser favorita depois de uma única corrida em 2013?”, propõe a questão.

O piloto traça metas comedidas para o transcorrer da temporada. “Só a partir da terceira etapa é que nós vamos poder fazer uma avaliação exata. E há muitos novatos fortes que ainda não têm a mão do Fórmula Truck, como o Diogo Pachenki, que é um piloto reconhecidamente muito forte e está em um baita caminhão, e também o Jansen Bueno, que é uma grata surpresa e com o passar do tempo deve pôr as garras de fora”, ele aponta.

Djalma Fogaça vê como iminente a reação da RM Competições, que adotou caminhões MAN. “É disparado o esquema mais profissional da Truck, isso faz diferença. Minha equipe está bastante limitada financeiramente, espero superar isso com empenho e paixão pelo que fazemos, os caras que estão comigo estão super focados. E acredito que em pistas como Londrina e Caruaru teremos a chance de brigar por um pódio”, arrisca.

Fonte: F-truck

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