Extrapesados “somem” com carteira de pedidos cheia

Frotistas e transportadores já estão com dificuldades para comprar modelos de caminhões extrapesados, segmento que desde o ano passado vem puxando a recuperação da indústria de caminhões.

Montadoras já estão com a carteira de pedidos atendidas até junho, aumentando o prazo de entrega para além de 90 dias. Os setores que mais vem demandado os grandes caminhões são o agronegócio e o reaquecimento do rodoviário de longo curso.

Embora nem todos os segmentos estejam no mesmo ritmo, é uma ótima notícia para um setor que viu suas vendas desabarem nos últimos três anos e opera ainda com uma capacidade ociosa na faixa dos 65%, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

“Já fomos informados que os prazos para a entrega estão bem maiores, só podendo ser atendidos depois de junho”, afirmou por Lourival Martins, operador logístico baseado na cidade de Poá (SP). “Por isso, decidimos antecipar as compras.”

Dono de uma frota de cem veículos próprios, de todos os segmentos, a Martins pretende renovar e ampliar a frota para dar conta do crescimento da movimentação do transporte e logística, principalmente, no setor de vestuário.

A empresa pretende investir R$ 8 milhões para ter caminhões mais novos. “Já percebemos uma movimentação maior de todo o mercado na renovação de caminhões, visto que a economia vem se descolando rapidamente do ambiente político, ainda negativo.”

Entre as montadoras, a assessoria de comunicação da Volvo confirmou o alargamento do prazo para a entrega de caminhões da linha FH em algumas regiões do país.

Para dar conta do crescimento na carteira de pedidos, a montadora iniciou o segundo turno na fábrica de Curitiba, contratando novos colaboradores.

De acordo com a volvo, o prazo já está acima dos 90 dias. Desde o pedido até a entrega, a praxe normalmente na Volvo é de 60 dias.

A retomada dos pedidos em ritmo mais forte também já faz se sentir no bolso das empresas de transporte. Na média, os caminhões, principalmente, nos segmentos médio e leve, estão tendo reajuste de 20%.

“Como acabaram os estoques formados em razão da crise, os caminhões já estão mais caros. Um veículo que custava R$ 100 mil, hoje não sai por menos de R$ 120 ml”, afirmou um gerente da DS Log, operador de São Paulo.

A recuperação do preço dos veículos já era previsto por executivos da indústria de caminhões, assim que aparecessem os primeiros sinais de recuperação.

O setor alegava uma grande defasagem de preços por conta da crise, que reduziu o mercado para cerca de 50 mil unidades anuais, não permitindo atualização dos preços.

Fonte: Future Transport
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