Estudos do DECOPE indicam que os custos do TRC superam a inflação oficial

A pesquisa realizada pelo DECOPE/NTC no mês de janeiro último aponta para uma inflação dos custos em 2020 de 9,43% para o serviço de transporte de cargas fracionadas. (Foto: reprodução)

Estudos do DECOPE indicam que os custos do TRC superam a inflação oficial

Dados ainda revelam que transportadores não são remunerados adequadamente com relação aos serviços complementares

De acordo com a sistemática de apuração dos índices que acompanham a variação dos custos do setor de transporte rodoviário de cargas, a pesquisa realizada pelo DECOPE/NTC no mês de janeiro último aponta para uma inflação dos custos em 2020 de 9,43% para o serviço de transporte de cargas fracionadas e de 7,15% nas cargas lotações ou fechadas.

É preocupante a elevação dos custos do transporte acima da inflação oficial. Preocupa ainda mais a falta do recebimento dos demais componentes tarifários, tais como frete-valor que banca os custos dos riscos legais da atividade e o GRIS que remunera os custos inerentes às medidas de combate ao roubo de carga. Além disso, muitos transportadores não são remunerados adequadamente com relação aos serviços complementares ou adicionais, tais como: a cubagem da mercadoria, a cobrança da EMEX para regiões que se encontram em estado de beligerância, a TRT para as regiões metropolitanas que possuem restrição a circulação de caminhões, os serviços de paletização e guarda/permanência de mercadorias, o uso de veículos dedicados, dentre outros.

Destaca-se que muitas vezes os custos adicionais com esses serviços eventuais são superiores ao próprio frete, isso porque trata-se de situação que precisa ser resolvida pelo mercado.

Concluindo, é oportuno lembrar que estamos passando por um período difícil, por conta da pandemia, ocasionando uma queda na demanda de carga, aliada a um aumento de custo e, além disso, muitos transportadores não conseguiram reajustar seus fretes o que comprometeu muito o caixa das empresas, razão pela qual, o alerta tem caráter vital para a preservação da saúde financeira das empresas do setor, desta forma, garantindo a sua capacidade de investimento. A recomposição do frete pelo repasse da inflação dos custos apurada ou pela eliminação das defasagens é vital para o transportador, mas também deve ser de interesse do contratante que deseja manter a regularidade, a qualidade do serviço e a segurança nas suas operações.

É sempre bom lembrar que o transportador, mesmo com todas as dificuldades que a pandemia lhe causou e, mesmo com prejuízo, garantiu o abastecimento necessário ao bom funcionamento da sociedade.

Fonte: Notícias NTC&Logística

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