Alta do diesel encarece em 3% o frete de cargas no País

Aumento de 5% nas refinarias foi anunciado no início de março Foto: Getty Images
Aumento de 5% nas refinarias foi anunciado no início de março 

A Petrobras anunciou, no início de março, que aumentaria mais uma vez o valor do óleo diesel nas refinarias. O acréscimo, que já é o segundo de 2013, chegou a 5%. Acumulado com a alta de janeiro, o valor do óleo ficou 10,67% mais caro em relação ao final do ano passado. Este aumento causa um efeito em cascata: eleva os valores de frete e, por tabela, os custos dos produtos brasileiros e a exportação.

 O reajuste deve chegar a 3%, em média, no custo do frete. O número afeta boa parte da economia nacional, já que esse combustível é utilizado para o transporte rodoviário e em outros setores de produção. Isso se deve, também, à falta de estrutura encontrada por transportadoras ao tentar a logística por outros meios, como hidroviário ou ferroviário. “Temos rodovias precárias, sem infraestrutura nenhuma para um caminhoneiro transportar uma carga. A Lei do Caminhoneiro também prejudicou o tempo e o valor das entregas”, explicou o diretor-técnico da Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística (NTC), Neuto dos Reis.

O cenário que vem se montando, porém, é outro. Está prevista, primeiramente, a conclusão da BR-163, que ligará os estados do Centro-Oeste aos portos brasileiros e facilitará o transporte de grãos. Estão no radar, também, novas rotas hidroviárias e ferroviárias, que devem começar a funcionar no fim deste ano e podem contribuir para a baixa do custo do frete.

Produção agrícola
A agricultura é uma das grandes utilizadoras do óleo diesel e a mais afetada com a alta do combustível. “Negócios que têm preços baixos e grandes distâncias a percorrer serão os mais atingidos. Muitas vezes, 40% do valor desse produto são somente para pagar o frete”, explicou o diretor-técnico da NTC. Os valores de bens de consumo, como carros e eletrônicos, porém, não serão significativamente afetados.
Comparado com o de outros países, o preço do transporte brasileiro é muito alto. Por isso – e pela falta de estrutura -, a safra agrícola brasileira perde competitividade no exterior. Reajustado esse valor, o impacto será sentido na venda de grãos para países como Estados Unidos ou China. “A exportação brasileira se prejudicará com esse aumento. Temos poucas hidrovias, o que está congestionando os portos e atrasando as entregas, e ainda temos um valor de frete altíssimo”, afirmou Reis.A explicação para essa alta, que vem ocorrendo desde meados de 2012, é, segundo nota oficial da Petrobras, um realinhamento de preços e a busca por cobrir prejuízos na divisão de abastecimento. “O valor estava estagnado há muito tempo. Chegou uma hora que não deu mais para segurar o reajuste, e a tendência é que o preço aumente ainda mais”, projeta o diretor-técnico da NTC.

Fonte: http://economia.terra.com.br

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