Setembro: mês da mobilidade e do pedestre.

No nono mês do ano comemoramos duas datas muito importantes e que têm tudo a ver com o nosso setor: o Dia Mundial sem Carro (22/09) e o mês do pedestre que reúne ações em todo mês de setembro. Mas, se o nosso setor depende diretamente da existência de veículos automotores para levar de um lugar para o outro nossas preciosas cargas, como participaríamos de ambas as ações?

A resposta para a questão é simples. Não é preciso tirar das ruas caminhões, veículos urbanos de carga e outros veículos automotores que fazem girar a roda logística e promovem a distribuição em todo o país. No entanto, vivenciamos um aumento constante e não consciente da utilização de carros e motos como forma de transporte individual.

Essa concepção, que isola o indivíduo em sua própria necessidade, prejudica não só a coletividade dos espaços, com engarrafamento, poluição e estresse cada vez maiores entre os usuários do trânsito das grandes cidades, como também prejudica o trabalho de muitos caminhoneiros por aí. Quem nunca sofreu com as restrições de circulação de veículos de carga tão famosas em algumas datas específicas e nos grandes centros que já não comportam mais a quantidade de veículos que trafegam por suas ruas?

É verdade que o transporte urbano público e coletivo carece de qualidade e eficiência. Mas será que precisamos, mesmo, de um carro para cada pessoa? Quem nunca notou famílias de quatro pessoas que chegam a possuir até um carro para cada uma delas? Será mesmo correto que um indivíduo pense apenas nas suas necessidades ao sair de casa com seu carro, onde existem três lugares vazios, para aumentar o trânsito, as filas, as buzinas, o caos?

Essa realidade leva organizações não governamentais e também entidades oficiais a se organizarem todos os anos em torno do Dia Mundial sem Carro, comemorado em várias cidades do mundo. Neste dia, vale tudo: andar a pé, de skate, de patins, de bicicleta, de patinete, de ônibus, metrô, bonde, trem, teleférico. Menos carro! O objetivo é conscientizar as pessoas de que existem outras formas de chegar ao seu destino.

É preciso reconhecer que, de fato, vivemos num país que pouco prioriza o transporte coletivo em detrimento do individual e sabemos que andar de bicicleta em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro é uma tarefa um tanto perigosa a depender da via em que se trafega. Por outro lado, também precisamos assumir que muitas vezes nos acomodamos numa zona de conforto em que é muito mais fácil pegar o carro para comprar um pão na padaria da esquina do que levantar-se e exercitar-se.

Por isso, a intenção é tornar os usuários de meios de transporte alternativos em agentes transformadores dessa realidade. Somos nós que podemos e devemos reivindicar por melhores condições de via, educação no trânsito e incentivo por uma cidade mais limpa, menos engarrafada, mais feliz.

Pensando nessa necessidade, o Observatório Nacional de Segurança Viária também promove o Mês do Pedestre em setembro. O organismo entende que andar é ecologicamente correto, faz bem à saúde e desafoga o trânsito. É o primeiro meio de locomoção que praticamos. Mas, assim como nos veículos, nas ruas é preciso muita atenção.

O organismo cita dados da Seguradora Líder DPVAT, que apontam que os pedestres ficaram em segundo lugar do total de indenizações pagas entre janeiro e março de 2014: 31% das indenizações foram para acidentes fatais envolvendo pedestres e 20% dos pedestres envolvidos em acidentes foram diagnosticados com invalidez permanente. Tal situação une responsabilidades que vem de motoristas desatentos, mas também de pedestres que, muitas vezes, não respeitam as regras.

Uma das principais distrações hoje em dia para quem anda a pé é o celular. Falar, digitar ou ler mensagens enquanto caminha pode tirar a atenção em tudo o que está ao redor.  Por isso, o ONSV aconselha que não se utilize o celular enquanto estiver em trânsito: a pé, de carro ou de bicicleta. Isso pode promover mais atenção e segurança.

Ambas as datas fazem de setembro um mês para repensarmos a maneira como utilizamos o trânsito e quanto tempo perdemos por dia nele. Ao invés de lotar as ruas de carros praticamente vazios, por que não buscar alternativas para diminuir os engarrafamentos e aproveitar mais o que a vida nos oferece? Ao invés de se portar de forma tão desatenta e negligente no trânsito, porque não ser consciente e promover mais segurança? Nós somos a mudança que queremos ver!

Redação Chico da Boleia. 

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