Seminário Itinerante COMJOVEM promove debate sobre custos operacionais na área do transporte

Realizado pela NTC & Logística no dia 26 de março, na cidade do Rio de Janeiro, O Seminário ComJovem reuniu especialistas, empresários e representantes do setor de transporte rodoviário de cargas.

O evento ocorrido no Hotel Windsor, teve como proposta principal levantar questões e propor soluções para empresários do setor, entidades de classe e também caminhoneiros autônomos que enfrentam, no seu dia a dia, os problemas relativos aos fretes, frota e estrutura das rodovias. Os custos elevados foram o conteúdo principal das variadas falas.

A apresentação do Seminário foi feita por representantes da ComJovem e da NTC & Logística. Dentre eles estavamEduardo Ferreira Rebuzzi, Presidente da Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro (Fetranscarga) e Vice-Presidente Regional para o Estado do Rio de Janeiro da NTC&Logística, Baldomero Taques Neto, Coordenador da Comjovem Nacional; Ana Carolina Ferreira Jarrouge, Vice-Coordenadora da Comjovem Nacional; André Ferreira, Diretor Jovens Empresários de Comunicações da NTC&Logística e André Martinez de Simone, Coordenador Regional da Comjovem.

Francesco Cupello, Presidente do Sindicarga, abriu seu discurso salientando a necessidade de se profissionalizar as empresas da área de transporte. Atentando para o grau elevado de transformação não só da mão de obra, mas também das tecnologias do setor, Cupello ressaltou que é indispensável uma constante atualização dos profissionais da área.

Baldomero Taques Neto em seu discurso de apresentação do Seminário Itinerante Comjovem 2013

A primeira palestra foi realizada por José Luiz Pereira, Coordenador de Economia da NTC&Logística. Com o tema “Noções Básicas de Cálculo de Frete”, a apresentação pretendeu exemplificar as dificuldades e barreiras enfrentadas por transportadoras na hora de se calcular o preço do frete. Os exemplos utilizados por José Luiz revelaram que ainda há um longo caminho a se percorrer para se criar um mecanismo eficaz de cálculo de frete, que possa considerar todos os custos – variáveis e fixos – inerentes ao setor.

As apresentações especializadas foram feitas por representantes dos patrocinadores do evento. Valter Luiz da Silva, da BGM Rodotec, apresentou um software integrado capaz de realizar a gestão de empresas do transporte. Glauco Juliato, da MAN LatinAmerica, discutiu a questão da renovação das frotas e o custo benefício de possuir caminhões novos, com tecnologias avançadas, que podem promover economia de combustível, eficiência no serviço e baixo custo de manutenção dos veículos.

Ronaldo Oliveira, da Sascar, apresentou soluções em rastreamento e também para a gestão das operações de transporte. De acordo com Ronaldo, a insegurança nas estradas e as condições adversas de infraestrutura do país são fatores que demandam o gerenciamento não só dos riscos, mas também de possíveis custos que os empresários possam ter.

Destaca-se, por último, a apresentação de Marcelo Gonçalves, da Associação Brasileira de Alumínio. Segundo o Engenheiro, as transformações do setor estabeleceram a necessidade de se buscar alternativas também no próprio modelo dos caminhões. Também pensando na diminuição dos custos de empresários e caminhoneiros, Marcelo apresentou os benefícios proporcionados por carrocerias e tanques feitos em alumínios. Uma carroceria de alumínio para um caminhão de porte médio, por exemplo, pesa cerca de 700 quilos a menos do que uma carroceria feita em madeira.

O custo benefício do alumínio também diz respeito à sustentabilidade, já que menos peso demanda menos trabalho do motor, gerando economia de combustível e redução da emissão de poluentes. Dentre outros benefícios, as estruturas para caminhão em alumínio também proporcionam maior segurança, maior espaço útil de carga na carroceria e durabilidade do material.

DISCUSSÃO DA APLICAÇÃO DA LEI 12619/2012

A segunda parte do Seminário Itinerante Comjovem e NTC&Logística debateu a aplicação da lei do Motorista de 2012. A Dra. Gildete Menezes, discutiu a possibilidade de se estabelecerem convenções coletivas e acordos referentes a alguns pontos da lei.

Segundo a advogada, essas convenções são previstas na Lei e tem como objetivo preparar melhor o setor para receber as transformações propostas pela Lei 12.619. Gildete também ressaltou que a medida trouxe algumas questões básicas e essenciais para que a discussão trabalhista na área do transporte alcançasse um patamar mais elevado.

Já para o Procurador do Ministério Público do Trabalho, Rafael Araújo Gomes, a questão das convenções deve ser entendida com cuidado, pois os acordos que dizem respeito à lei devem cumprir com os pontos estabelecidos por ela. Rafael também falou sobre a Comissão de Deputados que, no dia 26 de março, esteve em Brasília discutindo a possível criação de uma Medida Provisória para se alterar alguns pontos da Lei. Para o Procurador, a Comissão – formada majoritariamente por deputados da bancada ruralista da Câmara – não representa os reais interesses de profissionais, caminhoneiros e empresários do setor.

Rafael ressaltou ainda que a Lei não é redigida de forma técnica e isso implica problemas na interpretação e na sua aplicabilidade. Durante o debate, eram notáveis as dúvidas dos empresários e as diferentes interpretações da Lei. A discussão revelou, sobretudo, a necessidade de se realizarem mais seminários e interações entre o setor para colocar-se de acordo o cumprimento das regras adequadamente.

Na visão dos empresários é indispensável que embarcadores também participem dessas discussões. Tal demanda se dá pelo fato de que o trabalho realizado por eles, na carga e na descarga, por exemplo, precisa estar em concordância com o caminhoneiro e com a transportadora, já que essas operações vão influenciar no tempo de parada e de descanso do motorista.

Para Rafael Araújo é imprescindível que os pontos da Lei sejam cumpridos e que a valorização da segurança e da vida venha em primeiro lugar.Sobre possíveis custos que tenham sido acarretados pela criação da Lei, Rafael rebateu dizendo que “não se pode dizer que o aumento de custos na área do transporte foi causado por leis trabalhistas já que muito do que está na Lei 12.619 já estava previsto na CLT. O custo atual é acarretado para corrigir deficiências para as quais não se atentava anteriormente.”, corroborou Rafael.

O debate suscitado pela Comjovem e também pela NTC&Logística revelou as várias dúvidas e apontou possíveis caminhos a serem tomados por empresários, caminhoneiros e profissionais, tendo em vista as transformações as e as necessárias estratégias para a melhoria das condições de trabalho e também da lucratividade no setor do transporte rodoviário de cargas.

Redação Chico da Boleia

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