Receber o frete através do pagamento eletrônico traz comodidade e segurança, afirma especialista

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Karen Silva, Diretora de operações na área de cartões voltados para caminhoneiros | Foto: Pamela Souza

O fim da Carta Frete deu novos horizontes ao setor. Com a determinação ficou estabelecido que o pagamento do frete aos caminhoneiros deve ser feito atrás de métodos eletrônicos. Ainda que algumas pessoas insistam em infringir a lei, já existem alternativas para o pagamento eletrônico, como os cartões que os caminhoneiros podem solicitar e que servem como meios de recebimento do frete. É o caso do Visa Cargo, cartão voltado exclusivamente para os caminhoneiros e que substitui a carta frete.

No entanto, ainda existem algumas dúvidas sobre os métodos de pagamento eletrônico. Por isso, Chico da Boleia esteve em São Paulo neste mês de dezembro e conversou com Karen Silva, Diretora de operações na área de cartões voltados para caminhoneiros, quem buscou esclarecer as questões. Confira a entrevista na íntegra.

Chico da Boleia: Como foi o ano de 2014 para vocês?

Karen Silva: Bom, neste ano a gente viu um crescimento da adoção dos cartões. Então, cada vez mais nós explicamos que o Visa Cargo é comercializado através dos bancos. A bandeira trabalha as características e os benefícios e através dos bancos emissores eles fazem um trabalho de divulgação e de venda do produto no mercado. O que a gente acompanhou esse ano foi um crescimento do número dos cartões Visa Cargo emitidos, o que demonstra que cada vez mais existe espaço para trabalhar esse meio homologado pela ANTT. Então, existe um crescimento maior de conhecimento pelos caminhoneiros e isso é só um começo porque a gente sabe que tem que continuar trabalhando não só via transportadoras, mas principalmente via caminhoneiros para que eles conheçam seus direitos, o produto, os benefícios, e possam ir atrás para obterem o Visa Cargo.

Chico da Boleia: Vocês fizeram recentemente uma pesquisa para conhecer melhor esse mercado. Você pode me dizer exatamente o que essa pesquisa trouxe de resultados?

Karen Silva: Essa pesquisa deixou claro que ainda existe um espaço enorme para contra atacarmos as práticas de recebimento não homologadas pela ANTT. Esse caminhoneiro precisa de mais informações, porque a gente viu na pesquisa que muitos ainda não sabem do próprio direito. Então a gente fez uma pesquisa que pegou vários estados e a gente viu a diferença. Por outro lado, a gente entendeu um pouco o comportamento do caminhoneiro. Então nós entendemos que ele ainda não sabe que está disponível pra ele, além do cartão dele, para ele receber, um cartão adicional, que dá segurança pra toda família. Quando nós explicávamos que existe esse cartão adicional e que está à disposição do caminhoneiro, todos ficaram muito interessados. Porém existe ainda um grande desconhecimento e é algo que a gente vai trabalhar com os bancos para trabalhar esse educacional. Ou seja, fazer com que ele entenda que não só ele pode receber pelo Visa Cargo como ele pode optar receber um cartão adicional para dar segurança para a família.

Chico da Boleia: Vocês têm em mente para o ano que vem algum trabalho para massificar as informações sobre os benefícios do cartão para o caminhoneiro?

Karen Silva: Então, a gente vem trabalhando todos os anos, em todos os meios possíveis. A gente trabalha com revistas do segmento para falarmos que os produtos existem, trabalhamos também junto a ANTT, estamos sempre buscando estar junto ao caminhoneiro, seja nas feiras, nos comunicados, para entender que produto é esse, quais são os direitos dele e para que ele possa buscar essa solução junto a transportadora ou a embarcadora. Nós vamos continuar com esse trabalho educacional e não só de obter o cartão, mas também criar uma cultura de utilizar o cartão. O que a gente observa é que quando o caminhoneiro recebe este cartão ele saca o valor do frete para ir à farmácia, abastecer, almoçar, hospedagem, etc. Quando na realidade ele pode utilizar esse cartão para todas essas compras, sem precisar usar o dinheiro em espécie. Mas a gente sabe também que é preciso explicar, estimular o beneficio do uso do cartão em detrimento do saque que é um risco muito grande para todos.

Chico da Boleia: Recentemente, o Banco Central baixou uma norma para entender e fiscalizar a questão do cartão frete no geral. Como vocês da bandeira Visa vem isso?

Karen Silva: Na realidade o Banco Central está buscando conhecer todo o mercado, o que ele chama de “arranjo de meios de pagamento”. Isso nós acreditamos que é muito importante porque busca a transparência. Então todas as instituições financeiras envolvidas num meio de pagamento eletrônico tem que mostrar como funcionam: quais são os cartões, quais são as modalidades, as regras. E nós entendemos que isso é muito importante para o mercado porque dá transparência e a oportunidade do mercado inteiro conhecer como funciona esse processo, o que está por trás dessa padronização de todos os meios de pagamento.

Chico da Boleia: Quais são os bancos que trabalham com a bandeira Visa?

Karen Silva: No caso do Visa Cargo são Bradesco, Banco do Brasil, Tribanco e o Bic. Esses são os bancos emissores, mas muitos trabalham com operadores logísticos, com parceiros. Por isso que no cartão às vezes não tem só o nome do Banco emissor.

Chico da Boleia: A Pamcary entra em que categoria?

Karen Silva: Ela é um operador logístico e tem uma parceria com os bancos, então por isso que às vezes é um cartão puro do banco Bradesco ou Banco do Brasil, ou em parceria com a Pamcary. Assim como nós trabalhamos em parceria com a D Digiton, outra operadora logística, a Target, que são parcerias fechadas pelos bancos para ter um produto com mais benefícios para levar tanto para as transportadoras quanto para os caminhoneiros.

Chico da Boleia: Pode-se dizer que, hoje, o cartão para o pagamento de frete ocupa um espaço importante na operação do cartão Visa.

Karen Silva: Sim! E esse movimento a gente percebe desde que o cartão foi lançado, em 2008. E o crescimento vem sendo de mais de 2 dígitos todos os anos. É um crescimento acumulado nesse período muito específico.

Entrevista realizada por Chico da Boleia em 8 de dezembro de 2014

Redação Chico da Boleia 

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