Motoristas vão ‘do céu ao inferno’ no trajeto do Arco Metropolitano

Modernidade de novo trecho contrasta com falhas da Magé-Manilha

Usuários são unânimes: o novo trecho do Arco Metropolitano inaugurado pelo governo do Estado do Rio há seis meses é uma das melhores rodovias do país. Mas até esse trecho enfrenta alguns problemas que impedem a utilização de todo o seu potencial. E alguns deles chegam a ser surpreendentes. O motorista Amaro Freire da Silva, com 25 anos de experiência em estradas, comemora quando o rastreamento de seu caminhão permite que ele utilize o Arco, economizando duas horas de sua viagem de São Paulo a Salvador:

— Quando vou por lá ganho muito tempo, mas nem sempre me deixam. Meu caminhão é controlado por satélite, e o Arco Metropolitano ainda não aparece nas rotas.

A rodovia também sofre com a falta de postos de combustível. Por outro lado, o Arco tem iluminação com energia solar em todo o trajeto, sistema de pistas com olho de gato (sinalização asfáltica) e sonorizadores no meio-fio para evitar que os motoristas durmam na estrada, que nasceu duplicada e com traçado sem curvas drásticas.

Já no trecho entre Magé e Manilha está a angústia de qualquer motorista: pista simples e esburacada, mais falta de sinalização e de acostamento causam congestionamentos que chegam a quatro horas para um percurso de menos de 30 quilômetros. E, apesar da promessa do governo federal de concluir esse trecho até 2016, não se veem obras na via, apenas os montes de terra remexidos.

— Não tenho dúvidas: este é o pior trecho da viagem — afirma o caminhoneiro paulista José Roberto Dutra, que cumpre a rota São Paulo–Itaboraí.

TEMOR DE ESGOTAMENTO DA VIA

O Ministério dos Transportes não comentou o atraso na duplicação do trecho. Mas, além desses problemas, usuários reclamam da falta de outras intervenções complementares na região. Sem elas, dizem, o esgotamento da via pode acontecer antes do imaginado, jogando por terra o ganho que o Arco Metropolitano está permitindo:

— Não podemos ficar apenas com o Arco Metropolitano. Para a região se desenvolver com qualidade, precisamos do Arco Ferroviário, com a resolução dos problemas de bitolas, a criação da Transbaixada e a ampliação da Via Light e da Linha Vermelha até Madureira. Do contrário, logo veremos o esgotamento da via — afirma Carlos Erane de Aguiar, presidente da Representação Regional da Firjan na Baixada, em Nova Iguaçu.



FONTE: G1 POR HENRIQUE GOMES BATISTA / GLAUCE CAVALCANTI

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