Estudo inédito da FreteBras revela que 5 em cada 10 mulheres sofrem preconceitos no setor de transporte de cargas

No dia a dia, dois terços das operadoras logísticas afirmaram que sofrem constantes questionamentos sobre sua capacidade de lidar com caminhoneiros. (Foto: reprodução)

Estudo inédito da FreteBras revela que 5 em cada 10 mulheres sofrem preconceitos no setor de transporte de cargas

66,7% dizem conhecer outras mulheres que já passaram por situação de constrangimento nas estradas

No Dia Internacional da Mulher, que celebra a luta das mulheres pela igualdade e pelo respeito, a FreteBras, maior plataforma de transporte de cargas da América Latina, apresentou os resultados alarmantes da pesquisa “Mulheres da Logística”. Trata-se de um estudo inédito que buscou entender o perfil das profissionais deste setor, seus desafios, anseios e visão de futuro com a carreira. O preconceito é frequente no ambiente de trabalho. Quase metade das caminhoneiras afirma que já sofreu algum tipo de ataque e nas transportadoras esse número chega a 56,3%.

– Prefiro ter fama de brava do que dar brecha para confusão – desabafa uma das caminhoneiras entrevistadas. A postura se repete inúmeras vezes e 7 em cada 10 dizem que, para evitar constrangimentos, não usam certos tipos de roupas, sapatos e maquiagem, e 42% evitam sorrisos e comportamentos simpáticos.

No dia a dia, dois terços das operadoras logísticas afirmaram que sofrem constantes questionamentos sobre sua capacidade de lidar com caminhoneiros. Além disso, mais da metade afirma ter ouvido comentários desrespeitosos durante o expediente.

Uma proprietária de uma pequena transportadora, que não quis ser identificada, revelou que, apesar de perceber mais mulheres em seu mercado de atuação, ainda há muitos desafios. “É um ramo que tem apresentado crescimento na presença do público feminino, mas os embarcadores sempre dão preferência para homens na hora de fechar o negócio”, constata.

Desafios não diminuem motivação pela profissão

Apesar de todas as dificuldades, as mulheres também demonstram paixão pelo trabalho que escolheram. “Meu pai era caminhoneiro e eu sonhava em poder ter liberdade e viajar pelo país”, conta outra motorista. Essa é a realidade para um terço das caminhoneiras que apontaram a liberdade para viajar como uma das principais motivações para abraçar a profissão. Cerca de metade delas afirma que adoram a profissão e, do lado das operadoras de transporte, 75% afirmam ter um grande apreço pelo que fazem.

A FreteBras vem conduzindo uma série de iniciativas para buscar ampliar a diversidade no setor e incentivar a igualdade de gênero. “Metade dos nossos colaboradores são mulheres e metade dos nossos líderes também. Desenvolvemos o talento feminino dentro de casa e, por isso, nos sentimos instigados a realizar este estudo para entender mais a fundo a situação da indústria na qual estamos inseridos. Foi uma satisfação descobrir que, apesar dos desafios, as mulheres estão motivadas a seguir carreira na área”, explica Bruno Hacad, Diretor de Operações da empresa.

Metodologia da pesquisa 

A pesquisa foi realizada por meio de um levantamento de hipóteses feito durante o mês de fevereiro com mulheres caminhoneiras e operadoras de logística/ Posteriormente, estas hipóteses foram testadas através de um questionário on-line aplicado durante o início do mês de março.

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do (CNT) em 2019 com 1006 motoristas informou que 99,5% dos entrevistados eram homens. Considerando que o Brasil tem cerca de 2 milhões de motoristas em atividade, a projeção é de que existam por volta de 10 mil mulheres na profissão.

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