
O levantamento mais recente realizado por Sindipeças e Abipeças aponta que há cerca de 2,2 milhões de caminhões rodando pelo Brasil. Além disso, essas entidades estimam que a idade média desta frota circulante é de 12 anos e dois meses. Portanto, com necessidades maiores de manutenção. Com uma frota mais envelhecida, o cuidado com as emissões desses veículos precisa ser redobrado. Neste contexto, a Umicore, uma das principais fornecedoras de catalisadores automotivos do mundo, explica como garantir que o catalisador esteja em dia e quando a troca pode ser necessária.
De forma geral, Miguel Zoca, Gerente de Aplicação de Produto da Umicore, esclarece que o catalisador tem o objetivo de reduzir as emissões de poluentes. “O componente é um substrato cerâmico revestido por óxidos e metais nobres que tem a função de converter gases poluentes, como óxidos de nitrogênio (NOx), monóxido de carbono (CO) e hidrocarbonetos (HC), em substâncias inofensivas à saúde humana e ao meio ambiente. Essas conversões ocorrem por meio de reações químicas”, afirma.
O catalisador tem vida útil de 160 mil a 700 mil quilômetros, a depender da categoria, peso total bruto e ano de fabricação do veículo. Para garantir que a peça tenha uma boa durabilidade, o proprietário do caminhão deve realizar revisões periódicas indicadas no manual do veículo, principalmente no motor.
De acordo com o especialista da Umicore, outro cuidado importante está relacionado ao uso de combustível confiável. “O diesel adulterado pode conter maior concentração de enxofre e outros contaminantes que prejudicam o desempenho do conjunto e até mesmo o danifica”, diz.
Além disso, o motorista precisa estar atento e aplicar no veículo a solução ARLA-32, que é feita de ureia em água desmineralizada, de boa qualidade. O ARLA-32 atua no processo da redução das emissões de óxidos de nitrogênio. Por isso, escolher produtos de origem duvidosa pode levar a problemas na formação adequada de amônia no processo químico de redução de emissões. Outra possível intercorrência será a cristalização do agente, entupindo a face do catalisador. Isso amplia o custo de manutenção e eleva a poluição ambiental.
O superaquecimento do sistema de exaustão também pode causar danos no catalisador. Esse tipo de falha pode estar relacionado a uma combustão ineficiente, frequentemente provocada por alterações no software que administra o motor do veículo, mudanças essas que podem ser consequência do uso de combustíveis de má qualidade, ou ainda do remapeamento da calibração original do motor com o objetivo de obter vantagens em consumo e desempenho.
O funcionamento do componente ainda pode ser permanentemente prejudicado com o vazamento de óleo ou o uso de aditivos de limpeza, que acabam se acumulando no catalisador. Quando a temperatura se eleva durante a operação, esses resíduos podem entrar em combustão dentro da peça, levando à sua perda total.
Para identificar falhas no funcionamento do catalisador, é importante estar atento ao aviso de mau funcionamento no painel do veículo, à perda de potência do motor e ao aumento na emissão de gases poluentes. Se o problema for confirmado, será necessário substituir o componente e realizar uma verificação preventiva no motor para evitar recorrências.
“No momento da troca dos catalisadores, é importante que o proprietário do veículo se informe sobre a origem do produto. A Umicore atua no mercado de reposição de catalisadores para aplicação Euro V em parceria com fornecedores qualificados. Um equipamento sem procedência confiável não será capaz de converter os gases poluentes e possui uma vida útil muito inferior, quando comparado com outros produtos de qualidade comprovada”, informa Zoca.
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