Caminhoneiros com jornada exaustiva de trabalho são obrigados a parar em blitz e descansar em Minas

O Ministério do Trabalho realizou uma operação especial de fiscalização no transporte de carga, na manhã desta terça-feira (18), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e encontrou irregularidades trabalhistas em 12 dos 16 veículos abordados. As abordagens foram realizadas no KM 499 da rodovia Fernão Dias e contaram com a participação de 13 pessoas, entre auditores-fiscais do Trabalho e policiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O principal problema encontrado foi o desrespeito à jornada de trabalho dos motoristas. Em sete caminhões não havia uma planilha obrigatória onde devem ser preenchidos os horários de trabalho e descanso dos trabalhadores. Dois deles ficaram retidos para descanso no posto da PRF. Em dois casos, os caminhoneiros foram obrigados a deixar a direção e a empresa teve de enviar outros condutores para a conclusão da viagem.

“Quando não há descanso, você sobrecarrega o motorista que vai ficando com a atenção prejudicada, o que pode causar acidentes. As pessoas precisam entender que as regras não existem por acaso. Elas servem para dar segurança aos trabalhadores do transporte de carga e para todas as outras pessoas que também circulam nas mesmas rodovias”, afirma o auditor Bernardo Henriques Velasco, do Grupo Especial de Fiscalização do Trabalho em Transportes (Getrac).

Outra operação foi realizada no Rodoanel, em São Bernardo do Campo, Região Metropolitana de São Paulo, e envolveu quatro auditores-fiscais e quatro agentes do Ministério do Trabalho. O objetivo era verificar principalmente o controle da jornada de trabalho e a concessão de pausas de descanso aos caminhoneiros que passam pela capital paulista em direção ao porto de Santos.

Dados alarmantes

Os caminhoneiros são os trabalhadores que mais sofrem mortes por acidente de trabalho, de acordo com o ministério. Cerca de 15% de todos os óbitos relacionados às atividades laborais no país são de motoristas de caminhão. Eles também ocupam o segundo lugar em incapacidades permanentes. Nos últimos cinco anos, morreram 2.780 trabalhadores do transporte terrestre e 5.400 sofreram acidentes com sequelas permanentes.

Fonte: Hoje em dia
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