Bancos liberaram R$ 22 bilhões para financiar a compra de veículos no primeiro trimestre

Alta registrada nos contratos de CDC foi de 18,4% em doze meses em comparação com o mesmo período de 2016

Os bancos de montadoras e as instituições independentes liberaram R$ 22 bilhões para financiar a compra de veículos no primeiro trimestre deste ano. Esse montante é 18,4% superior ao registrado no mesmo período de 2016. De acordo com os dados divulgados no boletim da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) foi responsável por 50% dos negócios fechados no primeiro trimestre deste ano, seguido pelo consórcio com 5% e pelo leasing por 1%. As compras à vista atingiram a marca de 44%.

Na avaliação do presidente da entidade, Gilson Carvalho, o consumidor ainda mantém sua cautela, mas a redução da taxa Selic o deixa mais confiante na hora de investir na compra de um bem com maior valor agregado, como um carro novo. “A confiança está voltando aos poucos. Aliado a isso, precisamos que as pessoas recuperem sua renda e voltem a ter crédito. Esses são os três pilares que impactam o setor”, completa.

No segmento dos veículos pesados, o Finame respondeu por 62% dos negócios. Na sequência vieram os financiamentos (16%), compras à vista (13%), consórcio (6%) e leasing (3%). “Com a entrada do novo Finame TJLP 2017, que inclui a nova regra que beneficia as empresas com faturamento até R$ 300 milhões, aliada à redução da taxa Selic, o mercado de caminhões e ônibus ganhou novo fôlego. Os primeiros resultados já são visíveis e esperamos uma aceleração para o próximo trimestre”, afirma o vice-presidente setorial de veículos comerciais da ANEF, Bernd Barth.

O consórcio, que desde 2014 era a modalidade de crédito mais procurada pelos compradores de motos, caiu para o segundo lugar, com 33% dos negócios fechados no primeiro trimestre. Nesse período, o consumidor preferiu optar pelo financiamento, que foi responsável por 36% dos contratos. Em terceiro lugar vieram as compras à vista, com 31%. “A redução das taxas de juros e o aumento do Índice de Confiança do Consumidor que, em março de 2017, atingiu seu maior patamar desde dezembro de 2014, contribuíram diretamente para este resultado. Já o consórcio apresentou uma queda maior no volume de emplacamentos, impactado principalmente pela redução da carteira ativa nos últimos anos. No entanto, a modalidade se mantém como um importante pilar para o segmento, principalmente pela sua estabilidade nas entregas, variando menos que o financiamento ao longo dos anos&rdq uo;, avalia o vice-presidente setorial de motocicletas da ANEF, Ricardo Tomoyose.

Recursos

No primeiro trimestre, o total de recursos liberados somou R$ 22,4 bilhões, aumento de 16,4% na comparação com o mesmo período de 2016. Para as operações de CDC foram destinados R$ 22 bilhões (crescimento de 18,4% em doze meses) e para o leasing, R$ 370 milhões (recuo de 41,3% em relação ao mesmo período do ano passado).

Com base nos resultados alcançados nos três primeiros meses deste ano, a ANEF mantém as suas projeções para 2017. “O saldo de financiamentos para a compra de veículos e motocicletas deve somar R$ 166,7 bilhões, um pequeno aumento de 2,5% na comparação com o ano passado. Já o total de recursos liberados deverá registrar uma elevação de 5,5% e somar R$ 86,7 bilhões”, afirma Gilson Carvalho.

Negócios em março

Os bancos liberaram, em março, R$ 8,3 bilhões em financiamentos, o maior volume de recursos registrado nos últimos dois anos – até então, o melhor resultado nos últimos dois anos foi obtido em janeiro de 2015, quando foram liberados R$ 8,4 bilhões.  Na comparação com fevereiro, a alta foi de 28,5% e, em relação ao mesmo período do ano passado, 23,9%. Para as pessoas físicas foram destinados R$ 7,4 bilhões, enquanto para as pessoas jurídicas, R$ 919 milhões.

Saldo das carteiras

O saldo das carteiras em março somou R$ 161,7 bilhões, queda de 0,5% na comparação com o mês anterior e de 8,5% em doze meses. Desse total, os financiamentos responderam por R$ 157,6 bilhões, o que representa uma queda de 0,4% em relação ao mês anterior e de 7,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os R$ 4,1 bilhões restantes representam as operações de leasing, que tiveram diminuição no volume de negócios de 2,4% na comparação com fevereiro e de 25,5% em relação ao mesmo período de 2016.

O saldo de crédito para aquisição de veículos para pessoas físicas e jurídicas corresponde a 2,6% do PIB (Produto Interno Bruto). No mesmo período do ano passado, esse indicador era de 2,9%, recuo de 0,3 ponto percentual . O volume representa 5,2% do total do crédito do SFN (Sistema Financeiro Nacional) e 10,5% do total das operações de crédito – Recursos Livres.

Inadimplência

Ainda em março, a taxa de inadimplência nas operações de CDC foi de 4,5% tanto para as pessoas físicas como para as jurídicas. Para o primeiro grupo, houve recuo de 0,1 ponto percentual na comparação com fevereiro. Essa também foi a redução registrada em doze meses. No segmento das empresas, foi registrado recuo de 0,2 ponto percentual na comparação com o mês anterior e de 0,9 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado.

Na carteira de leasing, o índice de pessoas físicas que deixaram de quitar seus compromissos foi de 3,7 pontos percentuais, redução de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior e de 0,9 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2016.  Entre as pessoas jurídicas, a taxa foi um pouco menor, de 3,6%, mesmo índice registrado em março do ano passado, mas com alta de 0,2 ponto percentual na comparação com fevereiro.

Taxa de juros

As taxas praticadas pelos bancos ligados às montadoras continuam mais atraentes na comparação com as adotadas pelas instituições independentes. Em março, as entidades associadas à ANEF cobraram juros de 22,42% ao ano e 1,7% ao mês, enquanto os independentes trabalharam com índices 24,8% e 1,83%, respectivamente. O prazo médio das concessões é de 41,9 meses. Já o prazo máximo oferecido pelos bancos é de 60 meses.

Sobre a ANEF
Fundada em 1993, a ANEF representa as suas marcas associadas junto aos órgãos do governo, de entidades de classe e associações congêneres, divulga, esclarece e presta informações, tanto à imprensa quanto aos consumidores em geral, sobre as modalidades de financiamentos – CDC (Crédito Direto ao Consumidor), Finame, Leasing e Consórcio –, nos segmentos de automóveis, ônibus, caminhões e motocicletas. A entidade representa, hoje, 15 marcas e suas respectivas estruturas de serviços financeiros, incluindo bancos, empresas de arrendamento mercantil e administradoras de consórcios vinculados à indústria automotiva.

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