Arteris evita rodovias que exigem forte investimento

Foto: Reprodução Arteris
Foto: Reprodução Arteris

Apesar de ter como prioridade os investimentos exigidos pelas rodovias que já estão sob sua administração, a concessionária de rodovias Arteris (ex- OHL Brasil) continua avaliando sua participação em novos leilões de concessão do governo federal.

Atualmente, a oportunidade de maior interesse da companhia é a Ponte Rio-Niterói, um ativo que pode ser relicitado pelo governo da presidente Dilma Rousseff já neste ano e que atrai interesse de várias empresas por ter baixa exigência de investimento. O valor está estimado inicialmente em pouco mais de R$ 300 milhões.

O grupo de concessões CCR é o atual administrados da ponte, mas o contrato expira ainda neste ano.

Enquanto analisa a Rio-Niterói, a Arteris entende ser uma possibilidade mais distante a disputa por ativos que exigem investimentos pesados, como a rodovia dos Tamoios – uma licitação a ser feita pelo governo do Estado de São Paulo.

O empreendimento exige, ao longo de 30 anos, investimentos de R$ 3,9 bilhões (pelas contas do governo paulista), sendo que R$ 2,9 bilhões teriam de ser aplicados no começo da operação.

A participação na BR-153, próxima licitação de rodovia federal com leilão marcado para 23 de maio, também não atrai a Arteris.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) calcula os investimentos em R$ 4,31 bilhões durante os 30 anos de concessão, em serviços de duplicação, manutenção, conservação, operação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade. Além disso, a estrada não gera sinergias.

A Arteris tem avaliado com cautela os ativos de rodovia, como já ocorreu nas disputas por ativos no ano passado, porque precisa se dedicar às obras de cinco subsidiárias de concessão de rodovias federais.

As estradas foram conquistadas em 2007, mas várias obras ainda não foram entregues. A prioridade estabelecida pelo novo controlador, o grupo espanhol de infraestrutura Abertis, é que a companhia brasileira se dedique a cumprir os investimentos estabelecidos pelos contratos já conquistados.

A política é diferente da que foi adotada pelo antigo controlador, a também espanhola Obrascon Huarte Lain (OHL), que, mesmo com as fortes obrigações que já tinha, continuava disputando com agressividade novos ativos no Brasil – como nos aeroportos de Guarulhos (disputa na qual a empresa terminou em terceiro lugar) e Brasília (segundo lugar).

Ao todo, a companhia espera chegar a seu pico de investimentos no país neste momento. O montante está estimado em até R$ 1,8 bilhão em 2014 e o mesmo valor em 2015.

Uma das obras mais esperadas é a duplicação, no trecho da Serra do Cafezal, da rodovia Régis Bittencourt (BR-116). Após um acordo com o governo, as obras – que deveriam ser concluídas em 2013, segundo a companhia – devem agora ser completadas até 2017.

A Régis é a principal rodovia na carteira da Arteris e, por isso, é a obra pendente que mais chama a atenção. Mas há outras.

Um dos exemplos de pendência é a ampliação da Avenida do Contorno, em Niterói (RJ), sob responsabilidade da Autopista Fluminense. O prazo original era 2011. As obras estão agora em andamento, com conclusão prevista para fevereiro de 2015.

Fonte: Valor Econômico, Por  Fábio Pupo

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