
Na primeira quinzena de junho, o preço médio da gasolina nos postos caiu R$ 0,04, em relação à primeira quinzena de maio, passando de R$ 6,43 para R$ 6,39, uma variação de -0,62%. O recuo reflete o reajuste de -5,6% anunciado pela Petrobras no início de junho, o equivalente a R$ 0,17 nas refinarias. No entanto, a queda nas bombas foi bem menor, indicando que o repasse ao consumidor final ainda é parcial. Os dados são da última análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, trazendo uma média precisa.
O etanol também recuou no mesmo período, chegando ao preço médio de R$ 4,41 e registrando queda de 1,12% em relação à primeira quinzena de maio.
“A redução no preço da gasolina nas refinarias nem sempre é repassada de forma imediata ou integral ao consumidor final. Isso costuma ocorrer por diversos fatores, como dinâmicas regionais de distribuição e margens praticadas pelos postos. Ainda assim, já é possível perceber um movimento de recuo nos preços, ainda que tímido, puxado pelo reajuste da Petrobras”, comenta Renato Mascarenhas, Diretor de Rede, Operações e Transformação da Edenred Mobilidade.
Nas análises regionais do mesmo período, o IPTL registrou que a maioria das regiões acompanhou a tendência nacional de leve queda. O etanol apresentou a maior queda entre regiões no Sudeste, de 1,61%, com preço médio de R$ 4,27, o menor entre todas as regiões. Já a gasolina teve o maior recuo registrado no Sul, de 1,09% (R$ 6,36), e a média mais barata no Sudeste, de R$ 6,23.
As médias mais caras seguiram sendo registradas no Norte, de R$ 5,21 para o etanol e de R$ 6,86 para a gasolina. O Nordeste foi a única região onde os combustíveis não ficaram mais baratos: alta de 1,01% para o etanol (R$ 5,01) e estabilidade para a gasolina (R$ 6,49).
Estados
Considerando as médias por estados, a maior alta para a gasolina foi verificada em Pernambuco, onde o combustível chegou a R$ 6,55 após aumento de 2,18%. Já o estado com maior redução no preço médio da gasolina foi o Rio Grande do Norte, onde o combustível foi comercializado em média por R$ 6,25, após queda de 3,70%.
A gasolina com o preço médio mais em conta para o bolso do consumidor nesta primeira quinzena de maio foi a de São Paulo, com preço médio de R$ 6,18, após o estado registrar queda de 0,80%. A gasolina com o maior preço médio do País foi registrada, novamente, no Acre: de R$ 7,57, mesmo após queda de 0,53%.
Para o etanol, a maior alta do País foi a de Alagoas, de 1,50%, alcançando o preço médio de R$ 5,40. Já a maior redução do biocombustível foi registrada no Rio Grande do Norte, de 3,45%, que fez com que o preço médio no estado recuasse a R$ 5,04.
O etanol mais caro do País na primeira quinzena de junho foi o do Amazonas, com preço médio de R$ 5,48, o mesmo registrado na primeira quinzena de maio. São Paulo foi o estado com o etanol mais barato: R$ 4,14, após registrar queda de 1,66%, de acordo com o IPTL.
“No cenário atual, o IPTL apontou o etanol como a alternativa financeiramente mais viável em 11 estados brasileiros, se comparado à gasolina, principalmente para motoristas das regiões Centro-Oeste e Norte. É importante lembrar que o etanol também oferece mais vantagens ao meio ambiente do que a gasolina, uma vez que emite menos poluentes na atmosfera, contribuindo para uma mobilidade de baixo carbono”, acrescenta Mascarenhas.
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