Os desafios da nova gestão do Setcesp

Roubo de carga e abastecimento urbano são os maiores problemas

No dia 31 de janeiro foi a posse da nova diretoria do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargos de São Paulo e Região), tendo como presidente o empresário Manoel Sousa Lima Jr, e na pauta antigos problemas, como o alto índice de roubo de carga. Bastante prestigiada, com presença de diversas autoridades, empresários, líderes sindicais e políticos, como o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o secretário municipal de transportes, Jilmar Augustinho Tatto, representando o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).
Uma das novidades na nova gestão do Setcesp (2013-2015) foi a criação de 40 novas diretorias adjuntas que irão tratar dos problemas de cada segmento que possuem as suas particularidades, como abastecimento urbano, transporte automotivo, de valores, produtos perigosos etc. Veja os principais questões e desafios que a nova diretoria do Setcesp apresentou à imprensa:

Roubo de carga
Um dos maiores e antigos problemas do setor e que tem as maiores ocorrências dentro da cidade de São Paulo, principalmente na Marginal Tietê, no horário das 10h às 14h. Segundo Manoel Sousa Lima Jr., no passado, quando houve um policiamento mais ostensivo, com motocicletas, os índices de roubos caíram significativamente. Portanto é isso que precisa ser feito, ter o policiamento ostensivo. Mas, o presidente da entidade solicitou ao governador e deputados presentes que seja proposta e aprovada uma lei que anule as inscrições dos estabelecimentos comerciais receptadores de carga roubada, pois são eles quem fomentam grande parte dos roubos de carga.

Abastecimento urbano
Por incrível que parece, a gestão anterior da cidade de São Paulo não tinha técnicos com conhecimento sobre o transporte de carga, apenas de passageiros. Na nova gestão, o prefeito Fernando Haddad, já manifestou necessidade de se criar a uma diretoria técnica sobre o assunto, notícia que foi muito bem recebida pelos empresários do setor. E a maior reivindicação do Setcesp é que os grandes centros comerciais, como shopping centers e supermercados, façam o recebimento de cargas no horário noturno. Segundo Manoel Sousa Lima Jr., isso representará, sim, um custo a mais com segurança e adicional noturno, porém, é necessário para a boa mobilidade na cidade. “Pela madrugada há uma baixa utilização das vias públicas e é quando uma carreta de 5 eixos pode fazer a entrega em supermercado em substituição a 15 caminhões VUC, ou seja, o frete do produto até será menor, pois é um motorista só em vez de 15”. Ele apontou que isso para o transportador também será bom apesar de ter o custo do motorista que irá trabalhar à noite, mas fará um melhor uso da frota que poderá rodar à noite também. Ele lembrou que essa lei quase foi aprovada na gestão do ex-prefeito José Serra, porém, foi engavetada na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab. Tayguara Helou, vice-presidente do Setcesp, lembrou que somente a regulamentação pode melhor o setor. Ele citou como exemplo a cidade de Nova York. “Lá você vê um caminhão grande fazendo entregue, porém, ele chega ao local e lá tem a vaga para ele estacionar e não atrapalhar o trânsito. Aqui, se um caminhão vai fazer entrega em um restaurante nos Jardins ele não tem alternativa e fica obrigado a parar em fila dupla”. Também será proposto à prefeitura que coloque critérios logísticos para aprovação dos projetos de edificações.

Lei 12 619/12
A legislação que regulamenta a profissão de motorista profissional e impõe horários de descanso para reduzir a quantidade de acidentes nas estradas é a que vem contrariando alguns segmentos da sociedade, como o do agronegócios, pois sem poder explorar ao máximo os motoristas terão maior custo com a necessidade de mais motoristas para fazer o mesmo trabalho. E segundo Markenson Marques, também diretor do Setcesp, que a secretária de Relações Institucionais do governo federal, Ideli Salvatti, tem defendido os interesses do agronegócio e impedido que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fiscalize a lei 12 619/12. Porém, o Ministério Público do Trabalho entende que ao não fiscalizar esta lei, está descumprindo a legislação que determina ser a fiscalização um obrigação da PRF, além de poder ser processada por negligência e descumprimento da lei.

Padronização das leis municipais
Outro problema apontado pelo sindicato é que a legislação de restrição a circulação dos caminhões no centro urbano tem sido copiada outras cidades, porém, com algumas diferença que dificultam a operação. Sousa citou como exemplo, o comprimento do caminhão VUC (Veículo Urbano de Carga) que em São Paulo é 6,30 m e, em Osasco, 7,20 m.

A revista Transporte Mundial irá acompanhar o trabalho do Setcesp que, além de São Paulo, representa transportadores de mais cerca de 50 municípios da região, tratando de grandes problemas da maior cidade do país. Portanto, as conquistas, ideias, dificuldades, mesmo com as particularidades de uma mega cidade, podem servi de experiência para os sindicatos das mais diversas regiões do Brasil.

Fonte: Transporte Mundial

Marcos Villela

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