[VÍDEO] Experiências e novidades na Automec 2019

A Automec, Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços realizada entre 23 e 27 de abril no São Paulo Expo, na Capital paulista atraiu desde mecânicos a empresários em busca de negócios e estreitamento de relacionamento.

De acordo com o balanço divulgado pela Reed Exhibitions, organizadora do evento, a 14ª edição da Automec contou com um público mais qualificado: o número de participantes com poder de decisão de compra aumentou 36% com relação à última edição, em 2017, enquanto o número de visitantes que declararam verba acima de R$ 100 mil para investimentos foi maior em 24%.

Segundo os organizadores 75 mil pessoas visitaram a feira e mais de 50% dos visitantes varejistas eram responsáveis pelo fechamento de novos negócios.

O número de visitantes de outros países da América Latina aumentou 50% em relação à última edição da feira. Pessoas vieram da Argentina, Chile, Colômbia, Bolívia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. Além disso, a feira recebeu dez caravanas oficiais dos estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. O público, em sua maioria, era formado por distribuidores, varejistas, reparador, proprietários de oficinas, representantes de montadoras, concessionárias e transportadoras.

O pavilhão internacional representou 38% da área de exposição, com 580 marcas de 26 países, 200 a mais do que o número da edição anterior. A China liderou com 10% do total.

O interesse global não é à toa, o mercado de reposição de autopeças no Brasil está crescendo a uma taxa de 4% a 6% ao ano e até 2022 terá alcançado entre R$ 125 bi e R$ 140 bilhões em negócios.

Uma área denominada Automec Experience apresentou diversas oficinas. Uma delas, exclusiva para pesados, mostrou uma oficina referência, com os equipamentos mais modernos do mercado e uma linha de produtos exclusivos.

Na área de inovação, um espaço dedicado para start-ups, novas tecnologias foram apresentadas trazendo novos recursos, formatos e facilidades para dinamizar a rentabilidade de maneira inovadora para os negócios.

Presente em todas as edições da Automec, a Valeo Service, fornecedora global de produtos automotivos, considera o espaço privilegiado e uma frente importantíssima de ação. Daniel Silveira, Diretor de Marketing conta que empresa expôs pela primeira vez os atuadores e cilindros de embreagem FTE “essa é a cereja do bolo para os amigos do trecho, a FTE é uma empresa Valeo hoje e tem toda uma linha de atuadores para veículos pesados não só no Brasil, mas também lá fora que é o grande diferencial e podem atuar em todas as linhas do mercado”, explicou.

David Randon, Diretor Presidente das Empresas Randon, destacou a força da Automec no mercado de autopeças “essa é uma das feiras mais importantes do mundo em termos de mercado de reposição e principalmente mercado de peças, é uma cadeia enorme de clientes que participam e tem interesse em conhecer mais de nossos produtos”, observou.

O conglomerado de Empresas Randon conta com sete empresas no ramo de autopeças: Fras-le, Controil, Fremax, Master, JOST, Suspensys e Castertech. Todas apresentaram suas novidades na automec levando diversas novidades em lonas e pastilhas, sistemas de freios, suspensões, eixos de rodagem e muito mais. “Aproveitamos a feira para mostrar soluções do futuro, quando vierem os veículos elétricos”, adiantou.

David também comentou o projeto da Randon para o mercado de caminhões usados, hoje majoritariamente composto por caminhoneiros autônomos “nós não vendemos direto ao consumidor final e sim aos distribuidores, mas estamos preocupados com esse nicho porque ele é muito grande e estamos desenvolvendo projetos que até agosto deste ano acredito tenhamos novidades para atender o caminhoneiro com custo melhor em termos de peças e componentes”, revelou.

De acordo com David o mercado de peças e reposição se mantém forte mesmo com as crises “eu posso dizer que Randon há muitos anos começou com esse projeto e hoje mais de 50% de nosso faturamento está na autopeça e nós participamos no mercado principalmente na área de caminhões, de semirreboque e de veículos”, contou.

Essa perspectiva do mercado de peças e reposição é compartilhada por Ronaldo Lipari, gerente de vendas aftermarket no Brasil da divisão de PowerDrive e sistemas elétricos da BorgWaner.

Ronaldo considera que o momento do setor se distingue do momento do país “o momento do país é um pouco distinto do nosso momento, nosso momento é de crescimento e de vendas, sempre acima do planejado, apesar do momento do país”, observou.
Nesse sentido Ronaldo coloca a Automec como um momento especial “de trazer os clientes para a comemoração”, disse. Por isso é importante “apresentar soluções através da Automec para que o caminhoneiro sempre repare utilizando peças que trazem qualidade e segurança para eles no dia a dia”, afirmou.

A Motul, referência mundial no mercado de lubrificantes e fluidos, apresentou uma nova linha de manutenção para uso profissional: a Workshop Range. Com oito produtos de alto desempenho, a linha aumenta a produtividade das oficinas. Entre as novidades da empresa francesa está o equipamento para troca de óleo de transmissão automática.

Nicolás De María, gerente de suporte técnico Latam da Motul, lembrou que a marca já está presente no Brasil há trinta anos atuando no segmento de motocicleta e carros e há cinco anos no segmento de veículos pesados. “Nós apresentamos uma família de cinco produtos, destinados para cada tipo de aplicação pesada e até para motores estacionários”, disse.

Comemorando 100 anos de empresa, a Gedore ferramentas aproveitou a oportunidade para lançar a Red, uma nova linha de com 1.200 itens, de um universo de 20 mil produtos Gedore. “Quisemos resgatar a história da Gedore neste centenário e lançar uma nova linha para o próximo século”, revela o diretor de Marketing e Vendas Fabio Siqueira.

Vanderley Rezende, gestor comercial automotivo, lembra que nesse momento a Gedore está “lançando uma linha voltada para o mercado de reparação, com um portfólio bem diversificado para mecânicos, caminhoneiros além de das ferramentas especiais para o setor automotivo”.

Um estudo realizado em parceria com Automotive Business trouxe informações detalhadas do setor. De acordo com a pesquisa divulgada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, 51% das empresas apontaram ter investido na compra de veículos novos. Só 19% dos respondentes indicaram ter feito isso entre 2012 e 2017, enquanto 13% declaram que a última vez que investiram em um caminhão foi até 2011, no período pré-crise.

Além disso, 83% dos entrevistados sinalizaram o plano de comprar caminhão em 2019. Um índice relevante apresentado pelo estudo é que 87% pretende investir em novos veículos nos próximos cinco anos.
Considerando que entre 2022 e 2023 os caminhões vendidos no Brasil passarão a ter regras mais rigorosas de controle de emissão de poluentes (Proconve 8 ou Euro 6), 13% disseram que pretendem antecipar compras para garantir preços mais baixos, enquanto 19% preferem aguardar para comprar caminhões mais modernos.

Para a indústria de autopeças a projeção para o médio prazo é otimista, conforme apurado na pesquisa. A maior parte das empresas do segmento (45%) apostam em expansão de 16% a 25% do mercado brasileiro de autopeças nos próximos cinco anos. O estudo buscou mapear como as empresas de autopeças foram afetadas pela recente crise, suas expectativas para a recuperação do mercado e a visão sobre inovação.

A crise que contraiu as vendas da indústria automotiva nos últimos anos teve consequências severas para a cadeia de autopeças, 52% apontaram queda no faturamento, para 20% a situação foi de estagnação e para 57% a crise teve impacto negativo sobre a saúde financeira da organização, aumentando ou gerando endividamento.

A maior parte dos entrevistados, 59%, apontou que o principal impacto negativo da crise foi a redução da margem de contribuição – o montante que sobra da receita das vendas dos produtos e serviços e é usado para pagar os custos fixos e gerar lucro. Outro efeito importante foi a paralisação dos investimentos em inovação, algo sinalizado por 48% dos entrevistados.

Questionados sobre a perspectiva para os próximos cinco anos, 45% esperam que o mercado brasileiro de autopeças cresça entre 16% e 25%. As apostas também são positivas para as exportações, com 31% dos entrevistados convictos de que as vendas externas avançaram de 6% a 15% no mesmo período.

Boa parte da cadeia de autopeças demonstrou ter visão ainda restrita quando o assunto é inovação. Entre os entrevistados, 16% declararam que as novas tecnologias digitais não são vistas como um fator relevante. Apenas 26% apontaram que suas empresas investem amplamente em tecnologias digitais, que estão inseridas em toda a estratégia da marca. Já 35% indicaram que as empresas em que atuam não geram novas receitas com soluções inovadoras. Por outro lado, 25% dos entrevistados apontam a criação de faturamento com serviços que há pouco não existiam e 20% estão obtendo receitas com novos produtos tecnológicos.

Redação Chico da Boleia
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